Bia Kicis, General Girão, Guiga Peixoto e Aline Sleutjes foram acusados pela Procuradoria, segundo o jornal O Globo
O vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques, acusa quatro deputados bolsonaristas de usarem recursos de suas cotas parlamentares para divulgar os atos antidemocráticos do dia 3 de maio: Bia Kicis (DF), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Aline Sleutjes (PR), todos do PSL.
O vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques, acusa quatro deputados bolsonaristas de usarem recursos de suas cotas parlamentares para divulgar os atos antidemocráticos do dia 3 de maio: Bia Kicis (DF), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Aline Sleutjes (PR), todos do PSL.
A acusação está na petição pela qual Jacques requereu a quebra de sigilos bancários, fiscal e telemático dos parlamentares, segundo revelou Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo. A quebra de sigilo é parte das diligências realizadas na última terça-feira (16), no âmbito de inquérito no Supremo Tribunal Federal. Solicitadas pela Procuradoria-Geral da República, as diligências foram autorizadas pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.
De acordo com Jacques, três dos quatro investigados contrataram a empresa Inclutech Tecnologia em abril, sob a rubrica divulgação de atividades, para “promover o respectivo apoiamento aos atos antidemocráticos”. A empresa em questão pertence a Sérgio Lima, responsável pelo marketing do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar.
Segundo o documento da PGR, Kicis desembolsou R$ 6,4 mil da cota pela “criação e elaboração de peças em vídeo para publicação na web”. Guiga Peixoto, sustenta o procurador, gastou R$ 6,5 mil e Aline Sleutjes, R$ 10 mil em serviços semelhantes, mas com o mesmo objetivo.
Ele afirma ainda que General Girão usou R$ 7,4 mil da cota para contratar a empresa Lima Junior, também para incentivar os protestos.
“Como se pode verificar, no ecossistema de redes sociais e propagação de idéias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”, escreveu o vice-Procurador-Geral.
“Na parte visível de toda essa organização há militantes, há políticos, há organização, há recursos financeiros. Há também direitos. Todavia, potencialmente pode haver abusos e crimes que precisam ser apurados a partir do esclarecimento do modo de funcionamento estruturado e economicamente rentável de uma escalada de organização e agrupamento com pretensões aparentes de execução de ações contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e provocação das Forças Armadas ao descumprimento de sua missão constitucional”, completou.
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