Ocorre nesta quarta-feira (19) o acontecimento mais esperado da semana: a ida do ex-juiz, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao Senado para depor sobre as ilegalidades que cometeu à frente da Operação Lava Jato
Politicamente fragilizado sob a denúncia de que manipulou o processo para incriminar o ex-presidente Lula e proteger aliados, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Moro terá que se explicar aos senadores em ambiente desfavorável para ele.
A audiência deve começar às 9h, no plenário da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Segundo apurou reportagem dos jornalistas Camila Mattoso e Daniel Carvalho da Folha de S. Paulo, Moro tentará atacar a “ação de hackers e dizer que não tem como confirmar o conteúdo das mensagens divulgadas pelo site The Intercept”. Vai tentar sair pela tangente para não responder o essencial: as ilegalidades que cometeu.
A situação de Moro se complica ainda mais pela revelação na véspera de sua ida ao Senado de conversas em que revela a preocupação de “não melindrar” um aliado, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
A reportagem destaca a fragilidade política de Moro não só perante o Congresso como dentro do próprio governo, onde é visto com desconfiança até pelo presidente Jair Bolsonaro. No Congresso o ambiente é propício à convocação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as conversas com Deltan.
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