O documentário não será distribuído em cinemas convencionais, pois tem como objetivo chegar ao povo por meio dos sindicatos, movimentos, partidos e demais organizações de trabalhadores
O auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), recebe o lançamento do documentário “O povo pode?”, nesta quinta-feira (19), a partir das 19h. O filme, que fala sobre a história da mudança social vivenciada pelo povo brasileiro nos anos em que os governos populares estiveram no comando do país (2003-2016), tem como personagens principais pessoas que sentiram na pele tanto a redução das desigualdades deste período quanto o retorno da carestia, do desemprego e da fome que voltou a assombrar o Brasil depois do golpe parlamentar de 2016.
Dirigido por Max Alvim e produzido por Mauro Di Deus, o documentário não será distribuído em cinemas convencionais, pois tem como objetivo chegar até o povo por meio dos sindicatos, movimentos sociais, partidos e demais organizações de trabalhadoras e trabalhadores, como explica o produtor da obra.
“Esse filme tem uma característica inédita na cinematografia brasileira, ele não vai para cinemas com bilheterias pagas, será difundido nos movimentos, para qualquer cidadão do país. Nosso interesse é que ele circule nas mãos das pessoas. Qualquer entidade que tenha auditório, ou no caso do MST, que tenha assentamentos e acampamentos, terá o filme à disposição, pois queremos dar condições a qualquer cidadão assistir e entender o que foi feito nos últimos 6 anos”, explica Mauro Di Deus.
A iniciativa de lançar o documentário na CLDF é da deputada distrital Arlete Sampaio (PT-DF). Em Brasília, o filme já contou com um pré-lançamento no 1° de maio da classe trabalhadora, realizado pela CUT-DF e um conjunto de entidades parceiras.
A princípio, o filme seria apenas uma cobertura jornalística da Caravana de Lula pelo nordeste brasileiro, que aconteceu em 2017. Mas, como explica Mauro, “um grande problema precisa de uma grande resposta”.
“Resolvemos não apenas fazer uma cobertura, mas um filme. Por falta de recursos, o documentário não foi concluído quando a caravana acabou. A história não para. Enquanto aguardávamos recursos, aconteceu a prisão de Lula, a eleição de Bolsonaro, a decisão do Supremo de libertar o ex-presidente, e o filme se transformou não apenas no relato da caravana, mas em um retrato dos últimos anos da política brasileira”, explica o produtor.
Mauro afirma que embora tivessem um roteiro inicial para o documentário e quatro personagens principais, houve adaptação de acordo com os acontecimentos que se seguiram.
“Dos nove personagens que tínhamos, escolhemos quatro e mergulhamos na vida deles, mostrando a mudança que aconteceu de acordo com as políticas públicas que chegaram até eles. Acrescentamos um quinto protagonista à história, o senhor Luiz Inácio (Lula), que por ter mudado a vida de tantos brasileiros foi preso, e por fim amarramos a produção com a conjuntura política e social”, concluiu o produtor.
Fonte: CUT DF
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