Profissional de saúde conta a rotina em meio à pandemia do coronavírus
“Vejo esse pessoal fazendo protesto na rua, dizendo que coronavírus não é nada, que isolamento é besteira, e fico triste. Daqui a pouco, vão estar todos batendo aqui na porta do hospital”.
A frase é de Marly Angélica, 47, chefe da enfermagem da UTI do Instituto Emílio Ribas em São Paulo.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Marly, que trabalha há 22 anos no Emílio Ribas e já passou por várias epidemias – HIV, gripe suína (H1N1) e aviária –, diz que com o coronavírus o risco de se contaminar é muito maior e o volume de doentes é enorme.
“A evolução é muito rápida. A pessoa começa a ter sintomas, vai no médico, piora um pouquinho e três dias depois, chega aqui de Samu e tem que ser intubada”, confirma a enfermeira aos repórteres Patrícia Campos Mello e Eduardo Anizelli.
Ela conta que conhece seis colegas, em vários hospitais, que estão infectados. Dos 80 enfermeiros e técnicos de enfermagem da UTI do instituto, 13 estão afastados, entre doentes e aqueles com suspeita de Covid-19.
A matéria completa, sobre as famílias vivem angústias de vida e de morte atrás dos vidros no Emílio Ribas, pode ser lida aqui.
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