Primeira Turma do STF decide no próximo dia 25 se aceita a denúncia da PGR contra Bolsonaro e mais 33 acusados de tentativa de golpe
247 – O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou as medidas de segurança para os dias do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 investigados. Segundo reportagem do jornal O Globo, a Corte deve finalizar até sexta-feira (21) um plano detalhado com as novas diretrizes de proteção a serem implementadas. A Primeira Turma do STF decidirá, no próximo dia 25, se aceita a denúncia que acusa Bolsonaro e ex-ministros de seu governo de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Fontes do STF afirmaram que um dos principais fatores considerados para o reforço na segurança é o acesso ao prédio onde ocorrem as sessões da Primeira Turma. Diferente do Plenário da Corte, localizado no edifício-sede ao lado da Praça dos Três Poderes, a sala da Primeira Turma fica em uma área central do STF, exigindo uma nova disposição dos equipamentos de segurança e possíveis alterações na circulação dentro do tribunal.Play Video
O planejamento da segurança será submetido à aprovação do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Entre as medidas que podem ser adotadas estão um plano de evacuação e a instalação de gradis extras ao redor do prédio do STF. Essas providências ganharam força após o atentado a bomba ocorrido no dia 13 de novembro de 2024, que reacendeu o alerta sobre riscos de segurança na Corte.
Experiência anterior com Bolsonaro e segurança reforçada – O Supremo também leva em conta a experiência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reforçou a segurança durante o julgamento de Bolsonaro em 2023. Na ocasião, houve restrição de acesso e um contingente maior de policiamento, temendo possíveis manifestações. Apesar da expectativa, não houve grandes atos. O ex-presidente foi condenado e tornou-se inelegível até 2030.
A denúncia da PGR, apresentada em 18 de março, sustenta que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou articular um golpe de Estado. “A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no documento.
A PGR também aponta que a suposta organização criminosa tinha “forte influência de setores militares” e estava “enraizada na própria estrutura do Estado”. Com a proximidade do julgamento, o STF segue monitorando possíveis movimentações de grupos ligados ao ex-presidente e deve ajustar as estratégias de segurança conforme necessário.
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