Licença do mandato do deputado de extrema direita é usada para articular contra o País e a democracia brasileiraEduardo Bolsonaro vira chacota nas redes sociais após dizer que vai morar nos Estados Unidos

Parlamentares do PT afirmaram nesta terça-feira (18/3), no plenário da Câmara, que a fuga do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os Estados Unidos aponta para um ato de covardia de alguém que usa uma falsa narrativa de perseguição política para continuar arquitetando ações naquele País contra a democracia brasileira. As críticas ocorrem após o filho de Jair Bolsonaro ter informado pelas suas redes sociais que iria pedir licença do mandato para continuar nos Estados Unidos, onde já se encontra a mais de 20 dias. Nesse período, o filho de Bolsonaro tem articulado sanções contra o Brasil e contra o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito do STF sobre a tentativa de golpe após a eleição de 2022.
Covarde
O deputado Reimont (PT-RJ) lembrou durante seu discurso que Eduardo Bolsonaro decidiu pedir licença de 4 meses de seu mandato para ficar nos Estados Unidos, porque sabe que está cometendo crimes contra a soberania nacional e à independência do judiciário brasileiro, para tentar evitar o julgamento de seu pai no STF.
“O que está correto é afirmar isto: o deputado Eduardo Bolsonaro é um covarde. Está lá nos Estados Unidos cometendo crime sobre crime. Na verdade, o que ele está fazendo é depondo contra o Brasil, porque de patriota não tem nada”, criticou.
Fujão
O deputado Paulão (PT-AL) também lembrou que Eduardo Bolsonaro imita a atitude do pai, Jair Bolsonaro, que chegou a dormir duas noites na Embaixada da Hungria ao acreditar que poderia ser preso por conta do inquérito da tentativa de golpe de Estado.
“Outro assunto que para mim não foi surpresa — eu já tinha usado a tribuna para isso na semana passada — é o comportamento lambe-botas do deputado Eduardo Bolsonaro. Agora ele tem outro título: fujão. Não teve nem solidariedade ao seu pai, que foi indiciado e denunciado pela Procuradoria-Geral da República. Ele, como bom filho, poderia estar aqui prestando solidariedade a ele. Ele correu e pediu uma licença de 4 meses. Que liderança é essa? Para uma parcela dos eleitores que acreditava nele, ele agora tem o título de fujão”, afirmou.
O deputado Welter (PT-PR) observou durante seu pronunciamento que a atitude de quem se diz inocente seria enfrentar a justiça para provar sua inocência. “O deputado Eduardo Bolsonaro anunciou que está fugindo do País, está lá nos Estados Unidos, conspirando contra o Brasil. Que tipo de patriota é este que não enfrenta a Justiça? Se o cagueta Mauro Cid está mentindo, por que estão fugindo? Quem vai ser o próximo que vai fugir?”, alertou.
O deputado Eduardo Bolsonaro declarou que pretende ficar nos Estados Unidos porque temia ter seu passaporte apreendido. Se isso viesse a ocorrer, o filho de Bolsonaro não poderia retornar ao país para articular sanções contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes, visando livrar seu pai e outros bolsonaristas acusados de tramarem um golpe de Estado no País.
Falsa perseguição
Outros parlamentares petistas desmentiram o argumento utilizado por Eduardo Bolsonaro de que sofreria “perseguição política” no Brasil. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou que o filho de Bolsonaro somente decidiu ficar nos Estados Unidos porque a tentativa de golpe não deu certo.
“Se Eduardo Bolsonaro quer rasgar seu diploma de parlamentar, o mandato de deputado, e ir para os Estados Unidos, que vá, pois já serve muito bem ao Governo Trump e deve ser valorizado por isso. Porém, que não se coloque como perseguido no Brasil. Não há perseguição política. Ao contrário, talvez esteja tomando este rumo, porque não conseguiu dar o golpe que pretendia. E, talvez, a manifestação do fim de semana tenha significado muito, porque o povo não está atendendo ao pedido de fascistas e golpistas que, sim, atacam a democracia”, disse a deputada ao se referir ao ato esvaziado pela anistia de presos na tentativa de golpe do 8 de Janeiro, realizado no último domingo, em Copacabana (RJ).
Em entrevista para imprensa, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP)observou que Eduardo Bolsonaro busca apenas tumultuar o cenário político e deslegitimar a Justiça brasileira tentando criar uma falsa imagem de que existe perseguição política no Brasil.
“Ele busca vender a narrativa fantasiosa de que não existe liberdade de expressão, o que é um absurdo, um crime. Está usando sua posição para tentar prejudicar o próprio país. Ele está hoje no exterior atuando contra o Alexandre de Moraes e contra todos que defendem a democracia”, afirmou o petista.
Sem Anistia
Deputados petistas afirmaram ainda que, apesar da tentativa de vitimização de Eduardo Bolsonaro, diante das inúmeras provas coletadas pela Polícia Federal que se transformaram na denúncia aceita pela PGR, e que será analisada pelo STF a partir de 25 de março, não existe qualquer possibilidade de anistiar os responsáveis pela tentativa de golpe iniciada em 2022 após as eleições. Segundo eles, até mesmo o ato convocado por lideranças bolsonaristas em apoio ao tema não demonstrou ter apoio da população.
“Os bolsonaristas chamaram um ato no último dia 16 no intuito de apresentarem para a sociedade o debate sobre a anistia dos golpistas do dia 8 de janeiro. Um ato foi um fracasso em todo o Brasil. E uma demonstração disso é que os bolsonaristas não estão aqui falando sobre o ato do dia de domingo, estão todos calados, a ponto de Eduardo Bolsonaro pedir licença do mandato para morar nos Estados Unidos, porque viu que o povo brasileiro é contra a anistia. E isso é importante se registrar no dia de hoje. Anistia, de jeito nenhum!”, declarou o deputado Valmir Assunção (PT-BA).

Já o deputado Joseildo Ramos (PT-BA) argumentou que apesar de o deputado Eduardo Bolsonaro tentar sensibilizar a opinião pública de que decidiu ficar nos Estados Unidos temendo ser preso no Brasil, mesmo não sendo citado no inquérito da tentativa de golpe, o ato fracassado em Copacabana demonstrou que a Anistia não tem respaldo popular.
“O povo brasileiro não quer saber de grupos que querem assassinar Presidente, Vice-Presidente, Presidente do STF. Olha que no dia 16 subiram 10 ou 12 deputados federais aqui dizendo que as ruas iam ficar pequenas. Houve um punhadinho de gente demonstrando que o que o povo brasileiro não está aceitando é essa forma de fazer política”, frisou.
Com informações do PT Org
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