Sob comando de Carlos Bolsonaro, comitê conhecido como “Gabinete do Ódio” operava como braço estratégico da comunicação do governo
ARQUIVO PESSOAL
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O depoimento do delator Mauro Cid à Polícia Federal (PF) detalhou que o vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro (PL-RJ) seria um dos responsáveis por controlar as mídias sociais do pai e operar um gabinete paralelo no Palácio do Planalto, conhecido como “Gabinete do Ódio“.
Os relatos de Cid afirmam que Carlos Bolsonaro não apenas supervisionava as redes do pai, como também ditava as estratégias de comunicação e engajamento digital a um grupo de assessores, que operavam diretamente do terceiro piso da sede do Executivo federal.
As investigações ainda apontaram a existência de mais três assessores que faziam parte do Gabinete do Ódio e que trabalhavam sob coordenação do vereador do Rio de Janeiro.
São eles:Play Video
- Tércio Arnaud;
- José Mateus Sales Gomes; e
- Mateus, cujo sobrenome não soube precisar.
No entanto, nenhum deles foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa terça-feira (18/2).
Sistema eleitoral brasileiro
Cid afirmou que Carlos controlava o Twitter, o Instagram e o Telegram do pai, enquanto o ex-presidente da República ficava diretamente responsável pelas mensagens enviadas via WhatsApp e Facebook – inclusive conteúdos falsos direcionados a empresários e ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para além do gerenciamento das redes, o Gabinete do Ódio mantinha contato com influenciadores digitais, de modo a amplificar as narrativas favoráveis ao governo e alimentar a desconfiança sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Quando perguntado se a atuação do gabinete visava promover a descrença no sistema de votação por meio das urnas eletrônicas, Cid declarou que re
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