Objetivo do presidente é dissipar ruídos recentes, especialmente em relação ao veto a uma parte das emendas de comissão
pós retornar de uma viagem oficial à África, o presidente Lula (PT) vai concentrar seus esforços para reforçar os laços com o Congresso Nacional. Em uma série de encontros planejados para esta semana, Lula pretende convidar líderes da Câmara dos Deputados, do Senado e dirigentes de partidos, visando melhorar a relação com o Legislativo em meio a recentes divergências, informa o jornal O Globo.
O principal objetivo desses encontros é dissipar os ruídos que surgiram, especialmente em relação ao veto presidencial a uma parte das emendas de comissão. Lula também planeja apresentar uma lista de propostas de interesse do governo, incluindo a regulamentação da reforma tributária, programas para facilitar o acesso ao crédito, projetos relacionados à transição ecológica e medidas para aumentar a arrecadação. No entanto, é justamente a última proposta que enfrenta mais resistência, especialmente após o governo editar uma Medida Provisória no final do ano passado para suspender a desoneração da folha de pagamentos e benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), autor do projeto que prorrogou a desoneração, planeja sugerir a Lula que envie as medidas por meio de projeto de lei, em vez de Medida Provisória, para permitir mais tempo de discussão e buscar um consenso com o Congresso.
Em um café da manhã realizado na sexta-feira de carnaval, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), argumentou com Lula sobre a importância de retomar os diálogos com políticos e parlamentares, sugerindo que começasse chamando os líderes partidários. Há uma avaliação por parte de aliados de Lira de que o governo ainda enfrenta dificuldades na articulação política. Além disso, há um desentendimento entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso. Lira acusa o auxiliar de Lula de não cumprir acordos.
No entanto, o entorno do presidente afirma que o planejamento para as reuniões já estava em curso antes mesmo da conversa de Lula com Lira. Parlamentares, por sua vez, alertam que o governo deve agir com cautela ao se aproximar dos líderes, para não transmitir a imagem de que está desconsiderando a presidência do Senado e da Câmara, que têm o controle da pauta de votações.
Com informações do Brasil 247
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