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O couch Pablo Marçal fica de costas enquanto Boulos e Tabata estão respondendo questões no debate da FAAP. Reprodução

As coordenações das campanhas dos candidatos a prefeito de São Paulo estão reconsiderando a participação em debates eleitorais após a confusão causada por Pablo Marçal (PRTB) nos dois primeiros eventos.

José Luiz Datena (PSDB), comentou no podcast “A Hora”, do G1, que está inclinado a não comparecer a futuros debates se precisar dividir o palco com Marçal.

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) ainda não confirmou sua presença no próximo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, que será organizado pela revista Veja nesta segunda-feira, dia 19.

“Olha, debates com regras bem definidas e sem espaço para baixarias, eu vou participar, mas aqueles com regras complicadas, nós teremos que avaliar”, declarou o psolista após uma caminhada pela região do Jabaquara, na Zona Sul da capital, sem esclarecer se participará ou não do evento.

No último dia 17 o DCM publicou um artigo no qual sugeria aos participantes da disputa o boicote a debates com o “coach da montanha”, ante ao risco deles se tornarem “escada do picareta”: “os candidatos à prefeitura deveriam continuar participando de debates que servem para um canalha fazer recortes e jogar nas redes para dizer que ‘ganhou’?”, questionava o texto.

Os estrategistas temem que Marçal, com sua tática de viralizar nas redes sociais e mobilizar seguidores para espalhar seu conteúdo, acabe dominando a agenda da campanha eleitoral. Estão pensando em maneiras de evitar cair nessa armadilha e assumir o controle da pauta eleitoral.

Uma análise das buscas no Google pelos candidatos a prefeito de São Paulo revela que, apesar de Marçal ter uma grande base de seguidores e alto engajamento nas redes sociais em comparação aos seus adversários, ele não desperta significativamente mais interesse—exceto durante e após os debates.

Nesses momentos, o interesse por Marçal pode aumentar até 100 vezes. Embora as buscas pelos outros candidatos também cresçam, o aumento para Marçal é de três a cinco vezes maior, graças às suas provocações no palco.

Marçal escolheu Boulos como seu alvo preferencial nos dois primeiros debates. Reprodução

No debate de quarta-feira (14), organizado pelo Estadão o e pelo Portal Terra, na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Marçal provocou Guilherme Boulos (PSOL) ao dizer que iria “exorcizá-lo” com uma carteira de trabalho. Boulos tentou afastar o documento com a mão, a equipe de Marçal filmou a reação, publicou nas redes sociais, e o vídeo rapidamente viralizou.

Essa cena marcou o debate, mas, mesmo quando não estava no centro das atenções, Marçal encontrava maneiras de se destacar, como quando virou sua cadeira de costas para o púlpito enquanto Boulos e Tabata Amaral (PSB) discutiam propostas.

No entanto, a tática de Marçal tem um efeito colateral inesperado: ela também aumenta o interesse pelo adversário com quem ele se confrontou mais intensamente. Isso aconteceu primeiro com Tabata, mas de forma mais marcante com Boulos. Mesmo que de forma negativa, Marçal acaba aumentando a visibilidade de seus oponentes e despertando a curiosidade dos eleitores sobre eles, podendo ajudá-los sem querer.

Além disso, pesquisas qualitativas realizadas durante os dois debates mostraram uma forte rejeição às atitudes de Marçal, especialmente entre eleitoras e eleitores de menor renda.

Marçal não segue rigidamente a cartilha bolsonarista. Apesar de ter uma relação próxima com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ele tem divergências públicas com dois dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo e o vereador carioca Carlos.

O influenciador digital também mantém outras divergências políticas, como quando evitou criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após a revelação de mensagens trocadas entre seu gabinete e um perito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por Fernando Miller

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