Equipes do Instituto de Cardiologia e do Hospital Materno Infantil de Brasília montaram uma força-tarefa para salvar a vida da recém-nascida
Heloísa Santos tinha acabado de nascer quando enfrentou o primeiro desafio da vida. A recém-nascida precisou colocar um marca-passo no coração menos de uma hora após o parto, no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), contratado pela Secretaria de Saúde do DF.
A pequena Heloísa foi diagnosticada, no 5º mês de gestação, com doença do nó sinoatrial adquirido, que alterava as batidas do minúsculo coração. Ao sair da cesárea, na última segunda-feira (14/8), foi levada às pressas para a sala de cirurgia para que os médicos corrigissem o problema no coração.
“Se Heloisa não recebesse rápido um marca-passo, na primeira hora de vida, não conseguiria sobreviver”, disse a cirurgiã cardiovascular pediátrica, Ana Thalita de Oliveira Miranda.
“Se Heloisa não recebesse rápido um marca-passo, na primeira hora de vida, não conseguiria sobreviver”, disse a cirurgiã cardiovascular pediátrica, Ana Thalita de Oliveira Miranda. Divulgação/SES-DF
Recém-nascida recebe marca-passo com menos de uma hora de vida Divulgação/SES-DF
Bebê Heloísa recebeu marca-passo menos de uma hora depois de nascer Divulgação/SES-DFVoltarProgredir
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A médica disse que o caso de Heloísa é raro. Em oito anos de experiência, Ana Thalita viu poucas crianças com a mesma situação. “Não é um caso frequente”, enfatizou.
Responsável pelo parto da criança, o obstetra Marcelo Filippo, do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), disse que foi realizado um planejamento minucioso para garantir agilidade nos procedimentos para salvar Heloísa. Aproximadamente 20 profissionais participaram da cirurgia.
“Tudo foi coordenado para que o bebê fosse atendido logo após o nascimento. A sala de cirurgia estava disponível ao lado da sala de parto”, contou Filippo.
A bebê se recupera na unidade de terapia intensiva (UTI), enquanto os pais, Maria Gabriela Santos, 27 anos, e Raniere Moreira Freitas, 29, esperam ansiosos para pegar a criança no colo.
“Esse primeiro contato faz toda a diferença. Estou muito mais aliviado, passamos maus bocados nesses três últimos meses. A equipe do HMIB e do ICTDF foi incrível. Gratidão aos médicos e a todos os profissionais envolvidos”, declarou o pai, Raniere. Heloíse deve passar por mais uma cirurgia na próxima semana.
O ICTDF é uma organização sem fins lucrativos que faz atendimento relacionado à cardiologia em pacientes da rede pública do Distrito Federal, por meio de um contrato de R$ 186 milhões com a Secretaria de Saúde do DF. Até 21 de julho, realizou 691 cirurgias em adultos e crianças, 2.096 procedimentos de cateterismo e 585 angioplastias.
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