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O tratamento pode ser uma opção à hemodiálise e feita em casa por pacientes com falência da função renal. DF conta com mais de 500 pacientes que fazem o acompanhamento, ainda pouco conhecido do grande público

Maria Marta de Araújo, de 73 anos, cita que conseguiu levar uma vida com menos efeitos colaterais -  (crédito: arquivo pessoal)

Maria Marta de Araújo, de 73 anos, cita que conseguiu levar uma vida com menos efeitos colaterais – (crédito: arquivo pessoal)

Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) disponibiliza 750 vagas para diálise peritoneal. Essa terapia é uma opção à hemodiálise. As pessoas que estiverem interessadas, devem recorrer à equipe médica especializada e comunicar o desejo do equipamento.

O tratamento é feito com auxílio de um filtro natural chamado de peritônio e de um cateter implantado por meio de um pequena cirurgia no abdômen, removendo impurezas e excesso de líquido do sangue. O DF conta com mais de 500 pacientes que fazem o acompanhamento. Mesmo com inúmeras vantagens e estando disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a diálise peritoneal ainda é pouca conhecida.

Depois de indicar interesse pelo tratamento, o paciente irá passar por uma avaliação. Se o médico indica-lo ao procedimento, ele será inserido no Sistema de Regulação da SES-DF. Após essa etapa, irá passar por um treinamento de manejo do aparelho e do cateter com orientação com orientações de higiene para aqueles que fazem o tratamento. A máquina da diálise é mais ou menos do tamanho de uma mala de bordo, isso faz com que seja fácil o manejo, por isso pode ser levada para viagens.

Vantagens do equipamento

Por conta do procedimento ser mais lento, pode ocasionar menor variação da pressão e malestar, podendo e pode proporcionar mais convívio com os familiares, como relata Maria Marta de Araújo, de 73 anos. “Consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. Também me possibilitou viajar e ver meus parentes, pois é uma máquina portátil e recebemos acessórios para o destino de viagem”,  contou. Embora haja restrições de consumo de líquidos e alguns alimentos, aumenta a liberdade na alimentação em alguns casos. Além disso, pode ocorrer uma melhor resposta ao transplante, principalmente nos mais jovens.

Outra vantagem é que o aparelho tem a função renal residual maior que a do paciente, que é a capacidade com que os rins conseguem trabalhar. Segundo a médica nefrologista da SES-DF Maria Polcheira: “Enquanto ele ainda tem essa função renal residual, usa menos medicações, consegue o melhor controle e se sente menos debilitado”. O paciente não terá que se deslocar a um centro e permite flexibilidade de horário, pois é possível fazer na hora de dormir e durante o dia trabalhar.

Suporte ao paciente

Existe um suporte com telefone 24h da empresa que fornece os medicamentos do tratamento, deixando assim o usuário seguro em casa. A casa onde a pessoa fará o tratamento precisa atender alguns requisitos, como ser um ambiente higienizado e ter ralo ou pia próximo, onde possa ser descartado o líquido. É necessário uma consulta mensal para exames e avaliação, com a hemodiálise, teria que comparecer na clínica ou hospital no mínimo três vezes na semana.

O serviço é oferecido nos seguintes locais: Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital da Criança de Brasília, Hospital Universitário de Brasília e Clínica Renal Care contratada pela SES/DF. O período de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Por Luis Fellype Rodrigues* Correio Braziliense

*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti

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