O tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal (PF) que o empresário do agronegócio Paulo Junqueira financiou a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos, realizada no final de dezembro de 2022 após sua derrota para Lula (PT) nas eleições, conforme informações do colunista Aguirre Talento, do UOL.
A PF encontrou evidências de que um familiar do empresário entregou um envelope com dinheiro vivo ao ex-capitão nos EUA. O próprio Junqueira confirmou que ajudou a custear as despesas de hospedagem de Bolsonaro.
Junqueira, que lidera o Sindicato Rural de Ribeirão Preto, também ofereceu sua casa para que o ex-mandatário se hospedasse durante o período em que esteve nos EUA. Na época, quando ainda era presidente, Bolsonaro viajou para os EUA para evitar passar a faixa presidencial para Lula.
Vale destacar que o depoimento de Mauro Cid foi prestado em setembro do ano passado, quando ele assinou seu acordo de delação premiada com a PF. O material, no entanto, está sob sigilo.
A troca de mensagens
“Ele foi entregar o imóvel para eles, a chave. Tinha alguns reparos para serem feitos na casa, e o Samuel, se não me engano, porque eu não estava lá, então você teria que falar com o Samuel, entregou alguma coisa para eles para que fosse feito algum reparo na casa. Mas, sem dúvida alguma, foi um valor irrisório. Parece que também que o Samuel, se eu não me engano, fez algumas compras com o cartão”, disse Junqueira.
Mauro Cid recebeu uma mensagem de um funcionário da Ajudância de Ordens informando sobre a visita. “Compras foram feitas e a casa já está abastecida. A cobertura da área da piscina foi finalizada para garantir a privacidade. O Samuel (genro do Paulo) prefere encontrar o PR amanhã para entregar a encomenda”, dizia a mensagem.
No dia seguinte, Cid perguntou ao coronel Marcelo Câmara, segurança de Bolsonaro, se houve a entrega do dinheiro. “Samuel entregou o dinheiro?”, escreveu Cid. “Cartão do Junqueira?”.
Câmara, então, confirmou a entrega e disse que ficaria com parte do dinheiro “para controle” e para atender demandas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Sim, entregou. E eu passei para o cordeiro [Sérgio Cordeiro, também integrante da equipe de segurança]. Ele vai falar com o PR. Avisei para deixar uma parte comigo para controle. A PD me manda mensagem pedindo as coisas, eu faço”, escreveu Câmara a Cid.
Inicialmente, Junqueira confirmou que seu genro fez pagamentos para a equipe de Bolsonaro, mas depois afirmou que não ordenou pagamentos nem a entrega de dinheiro ao ex-chefe do Executivo.
“Da minha parte, não foi pedido pra entregar, e nem acredito que o Samuel tenha entregue absolutamente nada para o presidente Bolsonaro. Eu cedi o imóvel pra ele ficar, ele não foi pro meu imóvel no início da temporada que ele teve lá, ele ficou num outro imóvel”, afirmou
“Agora eu vou receber os meus amigos na minha casa, a casa tem que estar em ordem. Pode ser que o Samuel tenha entregue alguma coisa, não para o presidente Bolsonaro. Pra que alguma coisa tenha sido arrumada, alguma coisa nesse sentido, entendeu. Te garanto também que foi alguma coisa irrisória”.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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