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Acusada pelo colega Marco Aurélio Mello de inverter a pauta do Supremo Tribunal Federal de manobrar a pauta para garantir a prisão do ex-presidente Lula, mesmo contra a maioria da corte, e também responsável pelo polêmico voto que salvou o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Batista, a ministra Cármen Lúcia se defendeu.

“O que se teve com o ex-presidente foi o julgamento de um habeas corpus ao qual se aplicou a tese que vem prevalecendo na jurisprudência. Não se trata aqui de cuidar de uma ou de outra pessoa. E nos outros casos, nós temos inquéritos e ações ainda em andamento. Não se trata de benevolência”, disse ela, em entrevista ao jornalista Frederico Vasconcelos.

Ela também admite ter fracassado em sua tentativa de ‘pacificar’ o País – hoje governado por um consórcio de corruptos, após a derrubada de uma presidente honesta, e que mantém Lula na prisão, justamente para que ele, líder em todas as pesquisas, não dispute as próximas eleições. “A tentativa de pacificar foi permanente. Não consegui a pacificação social, pelo menos do que era minha atribuição. Porém, dei o exemplo de serenidade nos momentos mais difíceis”, diz a ministra.