Até agora, os possíveis motivos que Jair Bolsonaro deu para um processo de impeachment no Congresso resumiam-se a quebra de decoro ou lavagem de dinheiro. Agora, porém, surge um possível e FORTE motivo para impeachment. Trata-se do mensalão de Bolsonaro, da compra de votos no Congresso, motivo para IMPEACHMENT
Mensalão é o nome dado a suposta prática de corrupção política mediante compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional do Brasil, que teria ocorrido entre 2005 e 2006, durante o primeiro governo Lula, mas nunca ficaram provados.
No caso do mensalão, as acusações são de que os deputados supostamente comprados pelo governo Lula, sob a hipotética – e jamais comprovada – batuta de José Dirceu, recebiam mesadas, ou seja, pagamentos mensais do governo federal para votarem a favor de matérias de seu interesse.
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo de 2012 reproduz opinião do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmando que grandes votações ocorridas no primeiro e no segundo anos do primeiro governo Lula foram produtos de suborno de parlamentares pelo governo federal.
Por conta disso, políticos, banqueiros e empresários em geral foram presos e o então presidente da República por pouco não foi derrubado.
Agora, surge caso análogo ao mensalão e que também se parece com outro grande escândalo, só que do governo Fernando Henrique Cardoso, em 1997, o da compra de votos no Congresso para aprovar emenda constitucional que permitiu que o tucano se reelegesse presidente em 1998.
Naquele escândalo, o governo FHC teria pago 200 mil reais a cada deputado que votou projeto permitindo que presidentes da República pudessem disputar a sua primeira sucessão. Diferentemente do caso do mensalão do PT, porém, o escândalo da compra de votos não foi para frente porque FHC, ao contrário de Lula, manteve um procurador da República de sua confiança no cargo durante os oito anos de seus dois mandatos, para proteger o governo.
Agora, surge o “mensalão” ou a “compra de votos” de Bolsonaro. Em áudio que circula em Brasília, inclusive entre assessores do Palácio do Planalto, um deputado federal do PSL relata que parlamentares têm exigido e negociado cargos em troca de votos favoráveis à reforma da Previdência, principal projeto do primeiro ano do governo Bolsonaro.
No tal áudio, o deputado Gulliem Lemos (PSL-PB) relata a um correligionário que conseguiu junto à Casa Civil garantir para si a prerrogativa de indicar nomes para a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) da Paraíba e na sede regional do Incra. Lemos também relata que outros parlamentares buscam acordos semelhantes em troca de votos.
Resta saber o que os moralistas que atacaram o PT no passado farão diante de um caso idêntico à compra de votos da reeleição de FHC ou ao escândalo do mensalão. Afinal, se você compra votos de um deputado dando dinheiro público via depósito em conta ou via dinheiro para emendas parlamentares, de qualquer forma você está comprando votos.
Confira a reportagem em vídeo
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