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O site de checagem de informações Aos Fatos desvendou neste sábado, 17, uma série de informações falsas circulam nas redes sociais desde a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na noite da última quarta-feira (14).

As informações começaram a ser divulgadas em uma corrente de WhatsApp reproduzida pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marilia Castro Neves e um tweet do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), que replicaram o boato de que Marielle foi casada com um traficante e tinha associação com o crime.

Leia abaixo trechos da checagem do Aos Fatos:

Engravidou aos 16 anos: FALSO.

Marielle tinha 38 anos de idade e uma filha de 19, chamada Luyara Santos. Isso significa que ela engravidou entre os 18 e 19 anos — e não aos 16.

Ex-esposa do Marcinho VP: FALSO

Conforme já mostrou o site Boatos.org, Marielle nunca foi casada com ex-traficante — seja lá qual Marcinho VP a corrente de WhatsApp insinua ser. É que existem dois Marcinhos: Márcio Amaro de Oliveira, traficante carioca que atuava na favela Santa Marta, em Botafogo, zona sul do Rio, e Márcio dos Santos Nepomuceno, traficante carioca do Complexo do Alemão, zona norte da capital fluminense.

Até uma imagem tem sido distribuída nas redes afirmando ser de Marielle e algum dos Marcinhos VPs. No entanto, ela não retrata nenhum dos dois.

No ato de registro de candidatura, Marielle também apresentou certidão da Justiça Federal no Rio de Janeiro que certifica que: “em pesquisa nos registros eletrônicos armazenados no Sistema de Acompanhamento e Informações Processuais, a partir de 25/04/1967, até a presente data, exclusivamente na Seção Judiciária do Rio de Janeiro, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, que contra: MARIELLE FRANCISCO DA SILVA, ou vinculado ao CPF: 086.472.877-89, NADA CONSTA, na Seção Judiciária do Rio de Janeiro”. Outras certidões de mesmo teor estão aqui e aqui.

Amigos da vereadora morta no Rio também negam a informação e repudiam a tentativa de associá-la ao tráfico de drogas. Reportagem do G1 publicada neste sábado (17) mostra, inclusive, que Marielle ajudou na apuração da morte do policial civil Eduardo Oliveira em 2012. À época, Marielle era assessora da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e lotada no gabinete do deputado Marcelo Freixo (PSOL).