De acordo com pedido da PGR, sete integrantes da Polícia Militar do DF devem ser condenados por seis crimes, entre eles, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado

O mentor na mira: rumores na imprensa dão conta de que Bolsonaro será denunciado por Gonet antes do carnaval
O procurador-geral da República Paulo Gonet pediu a prisão e perda de cargos dos ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e de outros integrantes da cúpula da corporação por sua conivência com os terroristas e por terem favorecido a invasão e depredação da sede dos Três Poderes, na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Sete integrantes da cúpula da PMDF devem ser condenados por seis crimes, entre eles, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O posicionamento do procurador motivou rumores no meio jornalístico de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de ser o mentor da tentativa de golpe de Estado, pode ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República antes mesmo do carnaval.
O deputado federal e líder da bancada do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) postou vídeo sobre as informações divulgadas pela jornalista Mônica Bergamo sobre os crimes e a possível condenação de Bolsonaro a 28 anos de prisão.
PMDF permitiu depredações
Em relatório com as alegações finais enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (14), Gonet afirmou que a PMDF tinha conhecimento das informações de inteligência sobre o risco de atentados aos prédios dos Três Poderes entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2023. Ele apontou a ineficiência do planejamento, “ignorando deliberadamente as informações de que haveria invasão a edifícios públicos e confrontos violentos, inclusive com indivíduos dispostos à morte”.
O relator do processo, ministro do STF Alexandre de Morais analisará as alegações da PGR e também das defesas e encaminhará para julgamento, cuja data ainda não foi marcada.
Militares tinham ‘ciência prévia” dos ataques
Os acusados são os coronéis da PMDF Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral; Klepter Rosa Gonçalves, ex-sub-comandante; Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações; Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, então chefe interino do Departamento de Operações da PMDF no dia 8 de janeiro e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional; o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.
Além dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, Gonet acusa os militares de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado, além da violação de normas internas da PMDF.
“O conjunto probatório reunido, especialmente os diversos diálogos, relatórios, imagens, depoimentos, documentos e alertas, indica, com elevado grau de profundidade, a ciência prévia dos denunciados sobre o caráter violento dos anunciados atos antidemocráticos de 8 de janeiro”, afirmou a PGR.
Durante a marcha na Esplanada dos Ministérios, rumo à Praça dos Três Poderes, os terroristas não encontraram linhas de contenção nem mesmo perto dos prédios. Policiais foram flagrados tirando fotos de bolsonaristas durante invasão ao Congresso. Na documentação da PGR, há vídeos que comprovam a omissão nos militares diante das depredações.
Alinhamento ideológico
A PGR expôs conversas entre altos oficiais da PMDF sobre fraudes eleitorais e expectativa de mobilização para impedir a posse do presidente Lula. Um dos denunciados pela PGR teria, determinado que as tropas deixassem a linha de contenção montada em frente ao STF e outro teria permitido a invasão ao Congresso e retirado sua tropa.
“Havia um alinhamento ideológico e de propósitos entre os denunciados e aqueles que pleiteavam uma intervenção das Forças Armadas. Milhares de pessoas superaram facilmente as barreiras policiais que deveriam impedir o acesso à Praça dos Três Poderes e às sedes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário”, argumentou o MPF.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), um dos mais atuantes da CPMI dos Atos Golpistas, aproveitou o envio do pedido de prisão dos comandantes da PMDF para pedir ao procurador para agilizar o pedido de prisão de Bolsonaro. “A CPMI do golpe já cantou lá atrás: Bolsonaro vai pra cadeia. Pelo nosso relatório, serão 29 anos. Pro Gonet, como revelou a Mônica Bergamo hoje, serão 28 aninhos até pagar por todos os crimes que cometeu. Tá esquentando! Agiliza, Gonet!”, sugeriu o deputado.
Com informações do PT Org
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