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Reprodução da Internet

 Requião considera “inaceitável que o país esteja sendo comandado por quem liderou o golpe”. “Esse pessoal está sendo acusado de coisas muito piores, uma vez que contra a Dilma não havia nenhum crime. Volto a dizer: a crise maior é de autoridade”, disse.

Assim como alertou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Requião afirma que essa intervenção pode ser o prenúncio do fim das eleições.

“O que está acontecendo é muito ruim para a democracia, para o Exército e para o Rio de Janeiro. Corremos o risco de ver novamente invasões e saques de mercados, ações que não acontecem há muitos anos, desde a criação do Bolsa Família e outros programas sociais. Isso é resultado da barbárie e da selvageria provocadas pelo liberalismo econômico”, enfatizou.

O senador acredita que, desde o golpe, há uma crise de autoridade no país. “Sob o ponto de vista freudiano, quando não há referências de comando acaba o cumprimento das leis”, avalia. “E para combater esse cenário é preciso informação e inteligência”, disse ele, em entrevista à revista Fórum.

Para o senador, não há confiança nos governos tanto do Rio de Janeiro quanto federal. “Este último, aliás, acusado de mil infrações, se esconde atrás do foro privilegiado e de artifícios jurídicos para se manter. A crise de segurança se passa pelo policial, que é mal pago, o que facilita que haja infiltração de criminosos na corporação. E, por conta do cenário atual, esse governo comete um ato espetáculo e promove a intervenção”, afirma.

O parlamentar também defende que o Exército não foi feito para combater o narcotráfico. “O que o Exército pretende fazer? Atirar nas favelas com armamento pesado? Para tentar mudar a situação é preciso inteligência, informação e isso não se consegue de uma hora para outra. É preciso contar com policiais bem preparados infiltrados no crime e não o contrário, entre outros fatores”, enfatizou.