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Deputado busca ocupar o cargo estratégico, mas enfrenta resistência do PSD, que atualmente comanda a pasta

247 – A iminência de uma reforma ministerial no governo do presidente Lula, prevista para 2025, tem aquecido os debates nos bastidores políticos de Brasília. Segundo reportagem do AgFeed, o deputado Arthur Lira (PP-AL), que deixará a presidência da Câmara dos Deputados em 3 de fevereiro, já estaria articulando sua nomeação para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pasta, considerada estratégica, oferece não apenas visibilidade, mas também o controle de aproximadamente R$ 500 milhões em emendas parlamentares.

Lira teria confidenciado a aliados que vê no ministério uma oportunidade de manter seu poder político. No entanto, sua investida encontra obstáculos significativos. O PSD, partido do atual ministro Carlos Fávaro, tem deixado claro que pretende manter o controle sobre a pasta. “Se for para trocar [o comando do Ministério da Agricultura] por Arthur Lira, seria bom, mas acho que o PSD não vai abrir mão de um ministério importante como esse”, afirmou Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ao AgFeed.

Disputas internas e alternativas no PSD

A bancada do PSD, composta por 44 deputados federais, desempenha um papel-chave na sustentação do governo no Congresso. Internamente, o partido já discute alternativas para manter sua influência no Mapa, caso Fávaro seja substituído. Um dos caminhos ventilados seria promover André de Paula, atual ministro da Pesca e deputado federal por Pernambuco, ao comando da Agricultura. Com trânsito entre parlamentares e vasta experiência política, ele surge como uma opção de consenso dentro do PSD.

Outros possíveis nomes do partido incluem os deputados Hugo Leal e Pedro Paulo, ambos da bancada fluminense, que contam com o apoio do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Enquanto isso, Carlos Fávaro tem enfrentado críticas dentro do governo, principalmente após a derrota de sua filha, Rafaela Fávaro, como candidata a vice-prefeita de Cuiabá na última eleição municipal.

Estratégias de Lira e silêncio do PSD

Apesar de ser agropecuarista e ter trajetória consolidada no setor, Fávaro enfrenta a pressão das articulações de Lira, que busca apoio de aliados e tenta construir uma base sólida para sua indicação. Entretanto, as resistências dentro da própria bancada ruralista podem dificultar sua nomeação. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), integrante da FPA, foi enfático: “Queremos alguém de convivência e que dialogue com o setor. Mas não vamos avalizar, porque significaria um apoio ao governo. A Frente não é de oposição, mas também não seríamos de situação”.

Procurado pelo AgFeed, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não respondeu até o fechamento da reportagem. Já a assessoria de Arthur Lira informou que o deputado está recluso devido ao falecimento de seu pai, Benedito de Lira, prefeito de São Miguel dos Campos (AL), e não comentará sobre uma possível nomeação para o ministério.

A disputa pelo comando da Agricultura evidencia a complexidade das negociações que permeiam a formação de um novo governo. Para Lula, a decisão final sobre o futuro do Mapa pode ser decisiva para equilibrar interesses partidários e fortalecer sua base no Congresso.

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