O presidente também defendeu um pacto com as Forças Armadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta quarta-feira (18) que militares bolsonaristas participaram dos atos golpistas no último dia 8 em Brasília (DF), quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). “Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Não importa a patente, não importa a força que ele participe. Terão que ser afastados das suas funções e vão responder perante a lei”, disse o petista em entrevista à jornalista Natura Nery, da GloboNews.
De acordo com o presidente, é preciso “não politizar as Forças Armadas”. “O soldado, o coronel, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, ele tem direito de escolher quem ele quiser para votar. Agora, como ele é um cargo de carreira, ele defende o estado brasileiro. Ele não é Exército do Lula, ele não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do Fernando Henrique Cardoso”, continuou o presidente.Playvolume
O petista afirmou que houve um “erro” dos serviços de inteligência do governo. Ele disse não ter sido avisado sobre as mobilizações golpistas.
“Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ou seja, a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso. Se eu soubesse na sexta-feira que viriam oito mil pessoas aqui, eu não teria saído de Brasília. Eu saí porque estava tudo tranquilo”.
Investimentos
Na entrevista, Lula falou sobre a importância de se fazer investimentos nas Forças Armadas. “Estou chamando os comandantes para conversar, porque a primeira vez que eu conversei com os comandantes eu discuti o fortalecimento da indústria de defesa nesse País. Pedi para que cada força me apresentasse a dificuldade que eles estão vivendo do ponto de vista da estrutura funcional”.
Segundo o presidente, “precisamos ter Forças Armadas preparadas e fortalecidas para que a gente cumpra a Constituição, a defesa do povo brasileiro contra qualquer possível ataque externo”, disse.
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