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Antes mesmo da pandemia de covid-19, iniciada em março de 2020, o Brasil já se encontrava com um grande número de habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza. Em 2022, o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, no Brasil, existem 33,1 milhões de pessoas sem ter garantido o que comer — o que representa 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome.

Em Ceilândia, a maior cidade do Distrito Federal em números populacionais, a fome também atinge famílias. Para evitar que esse flagelo se alastre ainda mais pela sociedade, a Associação dos Feirantes Produtores Rurais e Atacadistas da Feira de Ceilândia e Entorno (Afeprace) – que é responsável pela Feira do Produtor de Ceilândia – há 22 anos mantém o projeto social Desperdício Zero que disponibiliza diariamente cestas verdes – verduras e legumes – para famílias carentes e instituições filantrópicas.

“Você só sabe o que é uma pessoa passar fome quando você faz parte de um projeto como este, com seriedade, e que tem a possibilidade de atender aqui ‘gregos e troianos’”, diz Joana Guedes, coordenadora e fundadora do programa.

A fome, conforme ela explica, tem aumentado nos últimos anos. Durante a pandemia, Joana diz que além das cestas verdes, foram também distribuídas mais de duas mil cestas básicas. “Nós não paramos durante a pandemia. De domingo a domingo a Afeprace estava aberta para atender a todos que nos procuravam com essas necessidades, porque tinha, com ainda tem, muita gente passando fome”, afirma.

Sem apoio governamental, o programa acaba sendo executado somente com a participação da Afeprace que consegue por meio dos feirantes e dos produtores rurais doações para que as cestas sejam montadas. “Quando o feirante não tem eu vou até o produtor rural buscar verduras para fazer as cestas. Também temos pessoas que são voluntárias para ajudar a montar e entregar as cestas”, explica Joana. “Eu não costumo misturar projeto social com política, porque política passa, mas a fome não”, conclui.

A única parceria que tem dado suporte ao Desperdício Zero é o projeto do Sesc, o Mesa Brasil, que, segundo Joana Guedes, ajuda com doação de produtos não perecíveis.

Para ser atendido pelo programa, a família precisa comprovar sua vulnerabilidade. “Nós fazemos o levantamento de cada família para ver a necessidade real dessas pessoas que precisam”, diz Joana. Depois, cadastradas, as famílias têm direito a receber as cestas e passam a ser atendidas diretamente pelo programa com outras doações quando possíveis.

Joana lembra que o papel realizado pelo Desperdício Zero tem uma função social, o que dá à Feira do Produtor de Ceilândia um papel ainda mais importante na construção do desenvolvimento social e econômico da cidade.

“Existe uma Feira do Produtor antes e depois do Vilson [de Oliveira, presidente da Afeprace]. Porque quem conheceu a Feira do Produtor lá na lama, esgoto a céu a aberto, barraco de madeira, o pessoal arriscando sua própria vida, e o Vilson abraçou essa feira, e ele disse, eu vou mudar e mudou”, diz Joana. “Eu visto a camisa da vida, eu visto a camisa do amanhã, visto a camisa das pessoas que realmente precisa do nosso apoio”, resume.

A Feira do Produtor de Ceilândia hoje é uma referência para a região oeste do DF e também parte da região do Entorno. Conforme Joana faz questão da destacar, hoje, a feira vende de tudo e tem a opção de poder oferecer produtos tanto no varejo quanto no atacado, o que é um vantagem não só para os comerciantes como também para donas de casa.

“Então, o pessoal precisa vir conhecer a Feira do Produtor, principalmente a dona de casa. Aqui temos preços acessíveis, ambiente também acessível, amplo, com grande estacionamento, várias opções de compra, várias boxes com vendas de produto, não deixem de conferir.”

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