Mais uma “leva” de vazamentos das premiadíssimas delações de Antonio Palocci, novamente sem provas e, desta vez com histórias que não são hilariantes apenas porque ofendem honradez de Lula, que o tirou da obscuridade.
Diz que entregou dinheiro a Lula dentro de uma caixa de telefone celular e de uísque, travando sobre esta última uma “divertida” conversa sobre a suposta ansiedade do ex-presidente em recebe-la com o seu motorista…
Fala que Dilma açulou a Lava Jato porque, assim, tiraria de Lula as “fontes de financiamento” de uma possível campanha como candidato em 2014, certamente esquecido de que o ex-presidente sempre recusou esta hipótese, mesmo com o movimento “Volta, Lula” espalhado no meio político.
Conta, ainda, um incrível diálogo em que sugere a compra do apartamento do Guarujá “com o dinheiro de uma palestra” – para que o leitor veja como Lula “precisava” de dinheiro, e o ex-presidente teria dito que um apartamento na praia “não ficaria bem em sua biografia”. Como, se Lula e D. Mariza estavam comprando um apartamento no mesmíssimo condomínio no Guarujá.
As delações de Palocci vão ficando cada vez mais parecidas com as de Delcídio do Amaral: espetacularmente ridículas.
Sobre o assunto, a assessoria de Lula distribuiu nota ironizando a história do motorista, justo quando a investigação sobre outro deles, Fabrício Queiroz, são barradas, mesmo com provas materiais anbundantes, pelo Supremo Tribunal Federal:
A Lava Jato tem quase 200 delatores beneficiados por reduções de pena. Para todos perguntaram do ex-presidente Lula. Nenhum apresentou prova nenhuma contra o ex-presidente ou disse ter entregue dinheiro para ele. Antônio Palocci, preso, tentou fechar um acordo com o Ministério Público inventando histórias sobre Lula. Até o Ministério Público da Lava Jato rejeitou o acordo por falta de provas e chamou de “fim da picada”.
Mas o TRF-4 decidiu validar as falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e foi para a casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem provas contra o ex-presidente. O que sobra são historinhas para gerar manchetes caluniosas.
Todos os sigilos fiscais de Lula e sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares.
Há outros motoristas e outros sigilos que deveriam ser analisados pelo Ministério Público, que após anos, segue sem conseguir prova nenhuma contra Lula, condenado por “atos indeterminados”. Curiosa a divulgação dessa delação sem provas justo hoje quando outro motorista ocupa o noticiário.
POR FERNANDO BRITO
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