Os acionistas da Companhia Energética de Brasília (CEB) aprovaram durante Assembleia Geral Extraordinária, no último dia (13), a privatização da CEB Distribuição, braço da empresa responsável pelo abastecimento de energia elétrica no Distrito Federal. O valor mínimo para a venda é de aproximadamente R$ 1,424 bilhão. Caso a proposta se concretize, a empresa, que conta com 80% de participação do governo do DF, vai a leilão.
De acordo com a CEB, o valor mínimo para a venda veio da média obtida por duas avaliações econômico-financeiras elaboradas por consultorias contratadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o presidente da CEB, Edison Garcia, “a privatização é necessária para que ocorra a melhora da qualidade do serviço de distribuição”. Ele defende que é necessário que haja um programa de investimento sustentável.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, também no último dia (13), que o futuro da Companhia Energética de Brasília (CEB), era a privatização. “O valor que foi avaliado pelo BNDES é de R$ 1,5 bilhão, com expectativa de se chegar até R$ 2,5 bilhões, exatamente por ser um bem muito cobiçado pelos empresários da área”, afirmou o mandatário.
Contraposição
Mesmo que o Governo do Distrito Federal (GDF) tenha anunciado com a venda da CEB Distribuidora é dada como certa, o caso ainda vai gerar pano para manga. Isso porque, os que são contra a privatização da estatal, principalmente seus funcionários, não concordam com a posição do governo de vender a distribuidora por alegar não há como administrá-la. Os opositores à proposta do GDF de privatizar a empresa ganhou força após o governador Ibaneis dizer que não dialogaria com os sindicalistas.
Essa postura gerou inconformidade e a população tem se organizado para defender e evitar a venda da estatal. Um dos que está na linha de frente desta defesa, é o funcionário público aposentado, Fernando Tolentino que, em vídeo divulgado em suas redes sociais, destacou que nem mesmo os governos militares, ou seja, quando se escolhia o mandatário através de indicações, os governantes não ousaram em vender a CEB. “Todos eles governaram sem precisar privatizar a CEB. Todos esses governos conseguiram levar a CEB como uma empresa eficiente”, disse.
Tolentino lembrou que no período de campanha eleitoral, Ibaneis chegou a dizer que não iria privatizar a CEB. “Assinou um documento que não privatizaria a CEB.”
Para Tolentino, a gestão de Ibaneis foi a única que chegou a dizer que venderia a Companhia por não conseguir fazer com que ela dê lucro. Porém, Tolentino explica que a privatização não seria a saída para esse possível problema. O funcionário público aposentado fez uma conclamação à população do DF. “Se você está revoltado com a privatização da CEB, porque vai nos trazer alta tarifas de energia elétrica e serviço de péssima qualidade, talvez até a incapacidade, a impossibilidade de oferecer serviço de energia elétrica, vamos juntos lutar pela não privatização da empresa”, convidou Tolentino.
Segurança Nacional
Outro morador do DF que não concorda como o governo está se portando diante da situação administrativa da CEB, é o ex-deputado federal, Geraldo Magela (PT) acredita que o governo está precipitando quando fala em vender a estatal. Para Magela, toda empresa fornecedora de energia elétrica que foi privatizada nos últimos anos, como as dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso de Sul, Acre e Goiás, tiveram aumento nas contas de luz e piora na prestação de serviços.
“Em todos os lugares onde as empresas de energia foram vendidas, as contas de luz aumentaram e os serviços pioraram, e tenho certeza que isso vai acontecer no DF”, disse. O ex-deputado disse que Ibaneis perdeu a razão a partir do momento que não quis dialogar com a sociedade sobre a venda da estatal. “Ele perdeu a razão, ele não tem argumentos, e começou a falar alto, a gritar, e a agredir o seus interlocutores. Quem perde a razão, começa a gritar”, lembrou Magela.
Nos cálculos de Magela, em média, as empresas que privatizaram os serviços de energia elétrica, aumentar suas tarifas em 42%, enquanto isso, a CEB, que é estatal, manteve o reajuste em 15%. “Nós sabemos que ela [CEB] precisa melhorar, mas, mesmo assim, é muito melhor do que empresas privatizadas, como as que existem por aí, que cobram muito caro e só prestam serviço onde tem lucro. É preciso fazer um diálogo com a população”, afirma Magela, que considera a existência da CEB, uma questão de segurança nacional, uma vez que a empresa está na capital da República, onde não só há os três Poderes, como inúmeros órgãos nacionais e internacionais.
O ex-deputado lembra ainda que o governo se mostra como incapaz de administrar o bem público, quando diz que é preciso vender algo que supostamente estaria dando prejuízo aos cofres públicos. Antes, diz Magela, era preciso tentar fazer uma gestão profissional, com metas estabelecidas e um plano de gestão da empresa para ver ser seria possível uma recuperação da empresa antes de cogitar sua venda. “Um governo que fala em privatizar é porque não tem capacidade para administrar. É uma questão de segurança nacional que a CEB permaneça pública”, argumenta o ex-deputado.
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