A ONU contestou os vetos de Jair Bolsonaro em projeto que busca proteger comunidades indígenas e quilombolas diante da pandemia do novo coronavírus, segundo Jamil Chade no Uol. A entidade internacional afirma que o Brasil precisa adotar “medidas afirmativas concretas” para lidar com estes grupos vulneráveis e se diz “preocupada” diante da ingerência.PUBLICIDADE
A declaração está expressa em um carta da ONU para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que havia solicitado uma opinião da organização. O documento é assinado por Jan Jarab, representante regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei com medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus. Dentre os trechos vetados está o que prevê a execução de ações para garantir aos povos indígenas e quilombolas “a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva” e que a União seja obrigada a comprar “ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea”.
Outro veto foi o que obriga o governo a fornecer aos povos indígenas “acesso a água potável” e “distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias”. Entre outras coisas.
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