Provérbio destes que atravessa os séculos, mesmo já quase sem cântaros ou fontes, o português “tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá deixa a asa” bem que se aplica a Jair Bolsonaro.
Criou e usou as crises, repetidamente, para aumentar seu poder e de seu clã: “desovou” seus colaboradores da campanha – Gustavo Bebianno à frente – enquadrou os militares com a demissão do general Santos Cruz, fez murchar Paulo Guedes, humilhou Sérgio Moro e cortou-lhe as assas de pré-candidato.
Agora, porém, mexeu onde não devia, arvorando-se em chefe de polícia.
Teve, por isso, de recuar de sua bravata do “sou eu que mando” e dizer que a indicação do superintendente do Rio de Janeiro é da direção geral da PF, diante da ameaça de demissão das chefias da instituição.
O enfraquecimento de Bolsonaro não resultou, porém, num fortalecimento do Ministro da Justiça, que foi devidamente registrado pelos delegados, que sabem que Moro não pode ir, enfraquecido como está pela “Vaza Jato” e pelo fracasso de suas relações com o Legislativo, para o “sereno” de uma demissão já sem toga.
Mas, se Moro não pode prescindir do posto que lhe dá o governo Bolsonaro, Bolsonaro também não pode prescindir de Moro, sob pena de perder parte de sua matilha, a quem o ex-símbolo da luta contra a corrupção empresta – ainda que capenga – o falso discurso “moralista” do combate aos desvios de dinheiro.
Idem a PF, transformada em “remédio” para os males brasileiros.
Bolsonaro criou um impasse para si mesmo: cães ferozes acabam por rosnar para o dono.
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