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Simone Tebet ainda destacou que a reconstrução do Brasil passa por “partidos sólidos e a boa política” e que não há nada “fora”

A dois dias do prazo estabelecido pelo colegiado do MDB, PSDB e Cidadania para o anúncio do nome que pode representar os três partidos em conjunto nas urnas, a pré-candidata emedebista à Presidência, senadora Simone Tebet (MS), disse nesta segunda-feira, 16, que respeitará o resultado e que seguirá em campanha, mesmo na hipótese de seu adversário no grupo, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), judicializar o resultado caso saia derrotado.

“Nós aceitamos as regras do jogo e amanhã temos o resultado dela. Se porventura o meu nome for indicado na (pesquisa) quali, eu serei pré-candidata pelo meu partido, independente de outros partidos se somarem conosco ou não”, afirmou a senadora, durante palestra em ciclo de debates promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A fala é a primeira reação pública da emedebista após o acirramento da crise no PSDB neste fim de semana.

Aliados do ex-governador acusam a sigla de “golpe”, após a contratação de pesquisas qualitativas e quantitativas pelas cúpulas do seu partido, do Cidadania e do MDB para a definição de uma chapa única na disputa pela Presidência. Doria argumenta que o PSDB não pode recuar da decisão tomada pelas prévias da sigla, chancelando o nome do ex-governador como pré-candidato do partido.

Já parte da Executiva e o presidente do PSDB, Bruno Araújo, avaliam que a candidatura própria e o nome de Doria só serão definitivos mediante decisão da convenção nacional do partido; todas as siglas devem validar seus candidatos a qualquer cargo em disputa entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.

“Se ele não aceitar os resultados da pesquisa, e eu for a escolhida, eu sigo firme e forte”, disse Tebet. Em pesquisa PoderData publicada nesta segunda-feira, 16, Doria aparece à frente das intenções de voto para presidente com 4% ante a 2% da senadora. Entretanto, dados de rejeição do eleitorado favorecem a emedebista.

Simone Tebet ainda destacou que a reconstrução do Brasil passa por “partidos sólidos e a boa política” e que não há nada “fora” da política: “Antes, a gente tinha essa anomia social, a sociedade entendeu que a política resolveria seus problemas e apostou em outsiders”.

Com ataques à política ambiental e ao desgaste da democracia por parte do presidente e aos escândalos de corrupção do PT, Tebet diz que faz parte de um movimento que oferece alternativas a Bolsonaro e Lula. Entre as prioridades de seu programa de governo, a emedebista destacou a importância da reforma tributária.

Estadão Conteúdo

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