Da fitoterapia aos exercícios e posturas orientais milenares, população encontra na rede pública da capital amparo para dores e doenças físicas e emocionais
Muito além da cidade dos monumentos, qualidade de vida é uma das características mais marcantes de Brasília, com inúmeras regiões arborizadas e opções de lazer ao ar livre. Aqui, essas características favorecem um estilo de vida saudável e corroboram para a adoção de práticas integrativas, que aliam cuidados com o corpo e a mente na rede pública de saúde. No especial Viva Brasília 64 anos, a Agência Brasília ressalta aspectos que diferenciam a capital federal – como uma rede pública de saúde que inclui práticas alternativas.
As práticas integrativas são abordagens terapêuticas com foco na prevenção de doenças e recuperação da saúde, com a promoção do cuidado integral do ser humano, especialmente o autocuidado. São atividades que levam em conta tanto aspectos físicos quanto mentais, emocionais e sociais.
A adoção dessas práticas em Planaltina, há 40 anos, se espalhou por Brasília e outras cidades do país. É o caso da fitoterapia e de práticas milenares orientais como yoga e tai chi chuan, que passaram a ser incorporadas no então posto de saúde da cidade, onde hoje funciona o Centro de Referência de Práticas Integrativas (Cerpis).
Mente e corpo
Nilzabeth Almeida desenvolve atividades alternativas no Cerpis: “Venho todos os dias, e isso tem me ajudado bastante, porque também convivo com outras pessoas” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Saúde
A artesã Nilzabeth Dourado da Silva Almeida, 62, é uma das pessoas que confirmam a eficiência dessas práticas. Antes de começar a frequentar o Cerpis, há dois anos, ela sofria com crises de depressão. Hoje, no local, Nilzabeth participa das rodas de bate-papo e pratica yoga, tai chi chuan e automassagem. “É muito importante para a minha saúde, corpo e mente”, resume. “Venho todos os dias, e isso tem me ajudado bastante, porque também convivo com outras pessoas”.
Juntas, fisioterapia e oncologia pediátrica reforçam tratamentos
O GDF também atua com a produção de medicamentos fitoterápicos a partir do cultivo de plantas nos chamados hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos. Esses medicamentos elencam a Secretaria de Saúde (SES-DF) como pioneira na oferta de alternativas para tratamento.
O gerente de Práticas Integrativas em Saúde da secretaria, Marcos Trajano, afirma que os hortos agroflorestais ajudam a desenvolver nas pessoas o senso de autocuidado. “Por isso as práticas integrativas em saúde são, sem dúvida nenhuma, o recurso que mais nos aproxima a uma harmonia do ambiente e das pessoas que estão ao seu redor”, afirma.
Promoção da saúde
A gerente da unidade do Cerpis em Planaltina, Sandra Brusasco, lembra: “Para evitar novas doenças, é preciso promover a saúde”. Por isso, além de todas as práticas, a unidade foca a interação social da população.
“Temos inúmeros relatos de pacientes que reduziram medicações depois que passaram a frequentar o Cerpis”, conta. “Então, vamos revitalizar o espaço para ficar ainda mais acolhedor.”
Cuidado integral
A farmacêutica Isabele de Aguiar Moura, da Farmácia Viva de Planaltina, conta que o cuidado vai além de realizar tratamentos ou prescrever remédios. Há cultivo de plantas medicinais, onde as mudas são distribuídas à população, que também recebem orientação sobre o uso seguro. Lá também são manipuladas as plantas que se transformam em medicamentos fitoterápicos, distribuídos nas unidades básicas de saúde (UBSs). Tudo aliado com as práticas integrativas.
Isabele Moura, da Farmácia Viva de Planaltina: “Aqui falamos em saúde, não em doença”
“A gente olha o ser humano como um todo”, reforça Isabele. “O intuito é devolver para as pessoas seu próprio domínio. Aqui falamos em saúde, não em doença. E estamos todos juntos, cada um com suas individualidades. Aqui é porta aberta. É só chegar e participar”. O Cerpis também disponibiliza uma pista de caminhada, aberta das 6h às 19h.
Saúde e memória afetiva
Os fitoterápicos são distribuídos em dezenas de UBSs em todo o DF. O pizzaiolo Deibison Cardoso Machado, 27, é um dos beneficiários. Morador do Riacho Fundo, ele está usando xarope de guaco, receitado na UBS 1 da cidade.
Deibison conta que sempre opta por medicamentos mais naturais: “Para mim, faz grande diferença. Eu vim da roça, e minha avó sempre tratou a gente com chás e xaropes que fazia com as plantas que pegava no mato”.
Com informações do Jornal de Brasília
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