Durante evento em São Paulo na noite desta sexta-feira 16 para o lançamento de seu livro “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam”, (Editora Boitempo), o ex-presidente voltou a comentar a execução da vereadora Marielle Castro (PSOL), do Rio de Janeiro. “A morte daquela companheira fez com que surgisse milhares e milhares de Marielles. Não existe possibilidade fora da luta!”, disse Lula.
Marielle levou quatro tiros na cabeça e o carro onde ela estava foi alvo de 13 disparos no total. O motorista que trabalhava para a vereadora, Anderson Gomes, também morreu e uma assessora sobreviveu.
No discurso, Lula também falou sobre seu julgamento, voltou a ressaltar ser inocente e disse que “eles mentiram”, em referência aos investigadores da Lava Jato. “O objetivo da Lava Jato é execrar e condenar a pessoa antes do julgamento. Vem desde o mensalão com a teoria do domínio de fato”, afirmou.
O livro conta com a colaboração de Luis Fernando Verissimo, Juca Kfouri, Maria Inês Nassif, Eric Nepomuceno, Luiz Felipe de Alencastro, Gilberto Maringoni, Luis Felipe Miguel, Camilo Vannuchi, Mauro Lopes, Ivana Jinkings e Rafael Valim.
Sobre a elaboração da publicação, que traz uma longa entrevista com Lula, além de outros textos sobre o cenário atual, o ex-presidente declarou: “o que está nesse livro é exatamente a minha verdade. Tô na luta é tô tranquilo!”.
“Quando saí da presidência pensei em escrever uma biografia. Chamei o Fernando de Morais e pedi pra ele escrever um relato do meu governo. Mas já tinha um da Denise Paraná contando até 1980. E eu não queria deixar esse hiato em branco”, relatou.
“O Fernando Morais tá escrevendo faz cinco anos e toda vez que pergunto pra ele do livro ele fala: ‘tá pronto, só falta escrever’. Porque o tempo é implacável. Éramos em oito irmãos, já somos só cinco. Eu acho que o Vavá vai na minha frente. Pelo menos ele não vai chorar por minha causa… Enfim, acho que o Fernando Morais tá escrevendo. Daí apareceu a Ivana e me propõe de escrever esse livro”, disse ainda, aos risos.