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Presidente Lula está entregando um sólido crescimento econômico nos dois últimos anos e tem condições de reverter queda na aprovação, diz Aquiles Lins

A recente pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, trouxe números preocupantes para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação de 24% e a reprovação de 41% representam o pior desempenho em seus três mandatos. A queda foi registrada até mesmo no Nordeste, tradicional reduto petista, onde apenas 33% consideram seu governo “ótimo” ou “bom”, contra 49% em dezembro de 2024. Esses dados, no entanto, não devem ser vistos como uma sentença definitiva, mas como um desafio que exige ajustes e uma estratégia clara para transformar os avanços econômicos em apoio popular.  

O principal fator que pesa contra Lula hoje é a inflação dos alimentos. O grupo Alimentação e Bebidas foi responsável por mais de um terço da alta do IPCA em 2024, que fechou o ano com avanço de 4,83%. Itens essenciais como carne (20,84%), café (39,60%) e leite longa vida (18,83%) tiveram aumentos expressivos, corroendo o poder de compra das famílias e gerando insatisfação. Esse cenário impacta diretamente a percepção sobre o governo, já que o custo de vida é uma das principais preocupações do cidadão comum.  Play Video

No entanto, a análise não pode se limitar aos preços altos. A economia brasileira apresenta sinais sólidos de recuperação que não podem ser ignorados. Em dois anos, o país cresceu quase 7%, e a taxa de desemprego caiu para 6,6%, o menor patamar em anos, com geração de empregos formais e aumento do rendimento médio para R$ 3.225. Além disso, o comércio varejista registrou um crescimento de 4,7% em 2024, o melhor desempenho desde 2012, e o setor de serviços cresceu 3,1% no acumulado do ano, sustentando a atividade econômica.  

Outro fator que pode aliviar a pressão inflacionária nos próximos meses é a safra recorde de 2025. Com estimativa de 325,3 milhões de toneladas, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve crescer 11,1% em relação a 2024. Esse aumento na oferta tende a segurar os preços de alimentos essenciais e reduzir a pressão sobre o orçamento das famílias, criando um ambiente mais favorável para a recuperação da popularidade do governo.  

Apesar da queda momentânea, o governo Lula tem plenas condições de reverter o quadro rumo a 2026. A combinação de uma economia em recuperação, com desemprego em queda e setores-chave em expansão, oferece uma base sólida para que o presidente reconquiste o apoio da população. No entanto, isso exigirá uma comunicação mais eficaz e políticas que ataquem diretamente os pontos de maior insatisfação, como o custo de vida.  

A história política de Lula mostra que ele tem capacidade de se reinventar e responder aos desafios. Se o governo conseguir traduzir os avanços econômicos em melhorias tangíveis para a vida das pessoas, há boas chances de que a fotografia negativa de hoje dê lugar a um cenário mais favorável nos próximos anos.  

A queda na popularidade é um alerta importante, mas está longe de ser irreversível. A economia segue gerando empregos, o consumo das famílias se mantém aquecido e há perspectivas concretas de melhoria no cenário inflacionário. Resta ao governo reforçar sua comunicação, demonstrar os avanços conquistados e garantir que a retomada econômica se traduza em maior bem-estar para a população. A alquimia de transformar crescimento em aprovação é complexa, mas o governo Lula ainda tem tempo para recuperar terreno e defender um legado positivo rumo a 2026.

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