De acordo com o órgão, foi aberta uma “instrução preliminar, de natureza investigativa” contra Adler Anaximandro Alves
A Advocacia-Geral da União (AGU) exonerou nesta sexta-feira (16) o servidor Adler Anaximandro Alves do cargo de coordenador na Diretoria de Gestão e Cálculo da Procuradoria-Geral Federal do órgão. Ele participou da reunião ministerial em 5 de julho de 2022, ocasião em que aliados de Jair Bolsonaro (PL) defenderam um golpe.
De acordo com informações publicadas no jornal Folha de S.Paulo, a AGU disse ter aberto uma “instrução preliminar, de natureza investigativa, para verificar se houve transgressão disciplinar” por parte do servidor. Na época da reunião, Alves era secretário-geral de Consultoria da advocacia. Ele não se pronunciou na reunião.
No encontro, Bolsonaro afirmou que precisava “entrar em campo usando” o seu “Exército, meus 23 ministros”. “Nós não podemos esperar chegar 23, olhar para trás e falar: o que que nós não fizemos para o Brasil chegar à situação de hoje em dia?”, disse o ex-mandatário nessa reunião, segundo a transcrição feita pela PF.
Na semana passada, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.
Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.
Com informações do Brasil 247
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