A moda agora é: se estiver mal nas pesquisas, convoque os milicos! O novo axioma vale para Michel Temer e também poderá valer para quaisquer governadores nas vésperas das eleições deste ano.
A intervenção surgida nesta sexta (16) no Rio como excepcionalidade — de Estado de exceção — pode se transformar em regra para todos os estados e o Distrito Federal.
No Rio, por exemplo, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) já não governa mais. Quem manda é um general 4 estrelas.
O deputado federal João Arruda (MDB-PR), discordando do tio, o senador Roberto Requião (MDB-PR), afirmou ao site NPdiário que defende “uma parceria sólida e estratégica das Forças Armadas com os estados.”
Traduzindo a opinião do parlamentar paranaense e de outros tantos na Câmara: se o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) resolvesse ficar no cargo [que Deus me livre e guarde] para tentar fazer o sucessor, em último nas pesquisas, não hesitaria em convocar as Forças Armadas.
O precedente do Rio é perigoso porque se trata de uma medida pirotécnica, de cunho político, que visa alterar o cenário eleitoral. É uma tentativa desesperada de Michel Temer (MDB) primeiro, para se livrar de Jair Bolsonaro, roubando-lhe a bandeira da segurança, e, segundo, sem Lula, buscar um lugar no segundo turno em outubro.
Se a moda pega em 2018, por que não repeti-la nas eleições municipais de 2020? Se o candidato a prefeito apoiado pelo parlamentar da base governista não estiver bem das pernas, isto é, nas sondagens, basta chamar as Forças Armadas!