Único militar na disputa presidencial e espécie de porta-voz dos militares na política, o capitão da reserva e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) criticou o decreto assinado por Michel Temer que prevê a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. “É um decreto político por parte do presidente Temer, que usa as Forças Armadas em causa própria”, disse Bolsonaro, que classificou a iniciativa como uma piada.
De acordo com o parlamentar, Temer deveria fazer intervenção em seu governo. “A verdadeira intervenção tem que começar no governo Temer. E tirar a bandidagem que está do lado dele. Deviam sair todos de lá e descer para comer feijão com arroz”, acrescentou. “Uma intervenção desse tipo sem uma causa de excludente de ilicitude (estado de necessidade) é piada”. Os relatos foram publicados na Gazeta do Povo.
Com a medida do governo Temer, as Forças Armadas assumirão a responsabilidade do comando das polícias Civil e Militar no estado do Rio até o dia 31 de dezembro de 2018. O interventor federal será o general Walter Souza Braga Netto, comandante do Leste. Ele também assumirá o comando da Secretaria de Administração Penitenciária e do Corpo de Bombeiros.
Também será possível, durante a intervenção, requisitar servidores e servidores da Secretaria de Estado de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, para ações de segurança pública determinadas pelo interventor.
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