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Ele não dorme sem uma arma sob o travesseiro…

Via Congresso em Foco:

O secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, afirmou que vai trabalhar para fechar as escolas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), chamadas por ele de “fabriquinhas de ditadores”, que não vai dialogar com o MST, que classificou como “organização criminosa”, e defendeu o direito de o fazendeiro reagir a bala quando tem sua propriedade invadida.

Segundo ele, cada cidadão sabe o que fazer nessa situação. “É um direito meu reagir quando estou na minha casa, com a minha família e percebo que minha propriedade e a minha própria integridade física estão ameaçadas”, afirmou em entrevista à Veja. “Na minha casa eu não durmo sem arma”, acrescentou o líder ruralista. Nabhan defendeu o decreto do presidente Jair Bolsonaro que facilita a posse de armas. A medida, na avaliação dele, vai reduzir a criminalidade no campo.

“Vocês, repórteres, são, em maioria, tendenciosos. Você vai lá e bota uma frase: ‘o ministro da Secretaria de Assuntos Fundiários defende que o fazendeiro ande armado e mande bala’. Essa questão de defender a propriedade com o desforço imediato é muito pessoal. As pessoas precisam de ter muito cuidado para não virarem alvo de uma armação, porque eles (sem terra) são doutores no assunto”.

Escolas marxistas

As palavras mais duras do secretário, que é presidente licenciado da União Democrática Ruralista (UDR), foram dirigidas ao MST. “Não dá para o Brasil admitir em pleno século 21 fabriquinhas de ditadores. Não dá para admitir escolas de marxistas, de leninistas, de bolivarianos, que ensinam crianças a invadir e cometer crimes. Vamos fechar as escolas e punir os responsáveis pela doutrinação. Aliás, isso tem de ser qualificado como crime. Crime de lesa pátria”, disse.

O MST mantém, de acordo com números do próprio movimento, 2 mil escolas em acampamentos e assentamentos em todo o país, que atendem a 200 mil alunos. Na campanha eleitoral Bolsonaro chamou essas escolas de “fábricas de guerrilheiros”.

Ele disse que recebeu de Bolsonaro a orientação de não dialogar com o MST. “Este é o recado que recebi do presidente da República: estarei em sérios problemas se receber os foras da lei do MST, que não tem nem personalidade jurídica. O MST não tem CNPJ. Onde eles fizeram cursos, em Cuba, na Nicarágua, com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), ensinaram que o correto é ficar na clandestinidade. Você já viu organização criminosa na legitimidade? Será que o PCC (Primeiro Comando da Capital) tem CNPJ? O Comando Vermelho tem CNPJ?”

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