Uma influenciadora digital decidiu expor como foi manipulada pelo coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, em um relato que mistura indignação e desabafo. No vídeo compartilhado em suas redes sociais, a jovem contou que, diariamente, acordava às 4h57 da manhã para participar das lives chamadas “ativações”, promovidas pelo bolsonarista.
Nessas transmissões, ele prometia liberar “chaves” e “códigos” que, na prática, acabavam sendo um pretexto para persuadir os participantes a venderem os produtos dele. “Eu acordava para ser humilhada”, revelou a influenciadora, ressaltando que o início das atividades envolvia pulos e a leitura da Bíblia, conduzida por Marçal, que se apresentava com “ares de pastor”.
“O Pablo se acha pastor, né? Porque se você não sabe, a religião é uma das coisas que mais trazem ‘verdade’ para as pessoas do mundo atual, então é usado por muitos manipuladores como um escudo”, criticou ela, enfatizando a forma como a espiritualidade era explorada como ferramenta de controle.
A influenciadora inda confessou que, embora sempre tivesse se mantido cética em relação ao conteúdo oferecido por Marçal, ela se sentia atraída pelas discussões sobre comportamento humano e marketing que, ocasionalmente, surgiam durante as lives.
“Eu nunca fui de cair nessa balela, mas eu ia mais pelas partes dos insights, afinal eu gosto muito de estudar comportamento humano, um pouco de marketing”, explicou, destacando que sua participação não era motivada pelas promessas feitas pelo coach, mas pelo interesse acadêmico nas técnicas de persuasão e engajamento usadas por ele.
Essa não é a primeira vez que algum seguidor de Pablo Marçal o acusa de enganação. Pelo menos 19 pessoas entraram em processos contra ele apenas no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Esses processos vão desde cobranças por “promessa de recompensa” até pedidos para executar “títulos extrajudiciais”.
Essas ações são referentes a um “desafio” que ele propôs ao dizer que daria US$ 1 milhão a quem achasse um processo movido por ele contra alguém.
Marçal também é investigado por colocar vidas de funcionários e “alunos” em risco, além de promover um reality show em que prometia sucesso empresarial aos participantes, mas se promovia por meio de injúrias.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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