A entrevista foi ao ar em mais um dia conturbado da política brasileira, em que o presidente Jair Bolsonaro confirmou ter censurado dois filmes com temas LGBT que já haviam sido aprovados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e tentou colocar um aliado na superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, batendo de frente com a própria instituição.
“Quem manda sou eu. Ou vou ser um presidente banana?”, disse Bolsonaro sobre a indicação de Alexandre Silva Saraiva, lotado hoje em Manaus. Saraiva chegou a ser cotado para ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.
Porém, a Polícia Federal já havia anunciado que o posto seria de Carlos Henrique de Oliveira Souza, que está em Pernambuco.
Os dois disputam o lugar de Ricardo Saadi, que teria desagradado a família Bolsonaro, razão pela qual o presidente da República se antecipou e anunciou em entrevista que Saadi seria transferido por enfrentar problemas de “gestão” e “produtividade”.
Em nota, foi desmentido pelo próprio Ministério da Justiça, que informou que Saadi estava de mudança para Brasília a pedido.
O Rio de Janeiro é a base eleitoral da família Bolsonaro e é onde o Ministério Público Estadual investiga o agora senador Flávio Bolsonaro por envolvimento com Fabrício Queiroz, ex-assessor suspeito de ser laranja da família.
Mais tarde, o próprio Bolsonaro deu uma de “banana” sobre a indicação: “Eu sugeri o de Manaus. Se vier o de Pernambuco, não tem problema, não”.
O dia foi marcado também por movimentos políticos antecipados em relação à sucessão presidencial: Joao Doria recebeu o deputado federal Alexandre Frota no PDSB e Bolsonaro atacou Luciano Huck por críticas que o apresentador da TV Globo fez ao governo dele.
“Ele falou que eu sou o último capítulo do caos. Se ele comprou jatinho, então ele faz parte do caos. Ajudou naqueles empréstimos de quase meio trilhão de reais, amigo Fidel Castro, Venezuela, essa galera aí. E aqui no Brasil, me parece, foram R$ 2 bilhões (do BNDES) para amigos comprarem jatinho”, disse o presidente sobre Huck.
O apresentador de TV usou R$ 17,7 milhões do BNDES para financiar 85% de seu jatinho particular.
Se Bolsonaro for impedido antes de completar metade do mandato, novas eleições seriam convocadas.
Da cadeia, Lula fez duros ataques tanto a Bolsonaro quanto ao ministro da Justiça Sergio Moro.
Frases da entrevista (não estão em ordem cronológica):
O Bolsonaro foi o monstro que surgiu porque a Globo não teve coragem de lançar o Luciano Huck. Foi o “já que não tem tu, vai tu mesmo”.
Eles querem criminalizar o PT por ser o maior partido de oposição no país.
Eu queria pedir desculpas por ter chamado o Bolsonaro de doido. Eu fui grosseiro com os doidos.
Eu provei que é possível consertar esse país. E fizemos isso colocando dinheiro na mão do pobre, com muita política social.
Eu nunca conheci o Dallagnol porque ele nunca teve coragem de me encarar em uma audiência. Mas ele deve acordar todo dia e, primeiro, pedir a benção pro Moro. Depois se olhar no espelho e falar “espelho, espelho meu…”. É um narcisista.
Se eu sair daqui eu não vou pra rua pra falar mal dos outros. Eu vou rodar o país levantando a auto estima desse povo. Se eles têm medo de mim, saibam que não vou me calar. E quero minha inocência.
Aquele dono da Havan parece o Louro José com aquela roupinha dele. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa. Eu fico me perguntando onde estão os grandes empresários comprometidos com esse país?
Eu poderia ter saído do Brasil, tive muita oportunidade. Mas eu não quis. Eu quis ficar. Porque é daqui de dentro que quero provar que são eles é que são bandidos.
Por trás da criação da Lava Jato está entregar o petróleo do nosso país.
Eu duvido que o general Villas Boas encontre nos anais das Forças Armadas alguém que cuidou mais da Defesa do que eu. Ele pode buscar nos arquivos do Planalto.
A sociedade não pode permitir que eles destruam nossas universidades. Educação não é gasto. É investimento.
O papel do Paulo Guedes é destruir a economia brasileira e transformar o Brasil em um completo vassalo dos EUA. Eu às vezes vou dormir e fico pensando: onde estão os militares nacionalistas?
Agora a gente tem um presidente que faz palhaçada o tempo inteiro. E o povo desempregado, o povo passando fome, o povo morando na rua.
Essa gente não pode fazer com o Brasil o que estão fazendo. Quero saber quantos bilhões eles tiraram da boca do povo brasileiro destruindo a indústria naval e a da construção civil. Eles podiam ter prendido os empresários, sem quebrar as empresas.
A única coisa que eu espero é que esse país volte a ser uma nação que preserve o Estado Democrático de Direito. As pessoas precisam voltar a acreditar na Justiça.
Tem quatro pessoas que sabem que eles estão mentindo: Deus, eu, e os próprios: Dallagnol e Moro.
O Dallagnol fez aquele power point e não teve a coragem de ir em uma audiência.
Não estou precisando de favor, estou precisando de justiça. Só quero que as pessoas leiam os autos do processo.
Desafio Moro, Dallagnol, CIA, FBI e Nasa a mostrarem uma prova contra mim. Podem investigar da Lua.
Eu espero que esse cidadão que o Bolsonaro colocou agora no BNDES denuncie! Denuncie que emprestamos 200 milhões para catadores. Eles merecem! E são melhores pagadores do que muitos.
O que mata o pobre não é a taxa Selic de 6.5%, é a taxa do cartão de crédito a 300%. E é disso que temos que cuidar. É por isso que temos que ter banco público forte.
Quando Dallagnol disse que não tinha provas mas tinha convicção, o Conselho Nacional do Ministério Público deveria ter pedido a exoneração dele.
Eu vi outro dia um discurso inacreditável do Bolsonaro, desrespeitando a Argentina, que é o principal parceiro comercial dele. Ele acha que o bom pra Argentina é o Macri, que elevou a inflação pra 74%?
Olhar pra África é ser generoso, é o pagamento por 300 anos de exploração da inteligência africana em nosso país.
O Brasil não pode ficar dependente de nenhum país, tem de ter relações com todos, respeitar todos. Um país que quer ser protagonista internacional tem que ser generoso.
A Rede Globo de Televisão não sabe mais viver sem a grade da destruição política deste país.
Você acha normal uma Polícia Federal, que vai na minha casa, vai na casa dos meus netos e pega um tablet de um moleque de 4 anos de idade? E ficaram um ano com ele aqui preso e não tiveram coragem de pegar o telefone do Eduardo Cunha porque o Moro falou ‘não pega o telefone’. O que que tinha no telefone do Eduardo Cunha que o Moro não queria que ninguém soubesse? Por que que não aceitaram a delação do Eduardo Cunha? Tudo isso o senhor Moro tem que explicar e não tem mais toga. Ele se escondeu atrás da toga e agora não tem mais toga. Ele virou um cidadão comum e ele tem que se explicar para a sociedade brasileira.
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