Sputnik – Integrante do grupo de transição reunido por Bolsonaro logo após a sua eleição, em outubro de 2018, o advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, fundador e primeiro presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disse que a pressão pela saída de Salles é apenas uma resposta esperada ao que vem sendo feito pelo ministério.
“Há uma pressão organizada, mas ela se deve à crescente desorganização que ocorre hoje na pasta do Meio Ambiente. Portanto, não é apenas uma ação organizada, é uma reação em relação à desorganização crescente que está acontecendo na gestão ambiental a nível federal no Brasil”, declarou ele, que também é consultor do Banco Mundial, à Sputnik Brasil.
Justamente para o Banco Mundial foi enviado Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação e o mais recente nome que, mesmo pressionado por entidades, foi mantido até o último momento pelo presidente Jair Bolsonaro. Assim como ele, Salles conta com muito prestígio junto ao núcleo bolsonarista e ideológico do governo, porém já há pressão interna contra ele.
Nesta semana, o vice-presidente Hamilton Mourão se reuniu com investidores internacionais que ameaçaram há algumas semanas retirar ou rever injeções financeiras no Brasil, caso o governo não se faça presente na crescente destruição da Amazônia. Outros nomes, como a ministra da Agricultura Tereza Cristina, também já tiveram de apagar incêndios não na floresta, mas sim em polêmicas de cunho ambiental.
À Sputnik Brasil, Antônio Fernando Pinheiro Pedro avaliou que tal cenário apenas expõe a perda de interlocução por parte de Salles, tanto junto aos interessados na gestão ambiental, quando na sociedade civil, nos grupos econômicos e nas comunidades locais impactadas. Considerando os conflitos hoje em andamento na área ambiental, isso precisa ser recuperado – o que talvez seja possível somente com uma mudança.
Nesta semana, o vice-presidente Hamilton Mourão se reuniu com investidores internacionais que ameaçaram há algumas semanas retirar ou rever injeções financeiras no Brasil, caso o governo não se faça presente na crescente destruição da Amazônia. Outros nomes, como a ministra da Agricultura Tereza Cristina, também já tiveram de apagar incêndios não na floresta, mas sim em polêmicas de cunho ambiental.
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