A economia chinesa superou as expectativas nos primeiros três meses deste ano, conforme divulgado pelo governo chinês. O crescimento foi impulsionado pela estratégia de construção de novas fábricas e aumento das exportações, uma resposta à crise imobiliária e ao consumo lento.
A China, segunda maior economia mundial, apostou em investimentos pesados em seu setor manufatureiro, resultando em um aumento significativo na produção e nas exportações de painéis solares, carros elétricos e outros produtos.
No entanto, o foco do país nas exportações gerou preocupações entre outras nações e empresas estrangeiras, temendo impactos negativos em seus setores manufatureiros e possíveis demissões.
Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China, a economia cresceu 1,6% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores e 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Vale ressaltar que, apesar do crescimento, as vendas no varejo aumentaram de forma modesta em comparação com o ano anterior, destacando preocupações com o consumo interno e o desemprego entre os jovens.
Risco de crédito e inflação
Economistas alertam para um possível excesso na construção de fábricas na China, alimentado por empréstimos bancários pesados, enquanto o país estabeleceu uma meta de crescimento em torno de 5% para este ano.
O investimento em fábricas foi crucial para o crescimento, com aumento de 9,9% em relação ao ano anterior, e as exportações também registraram um aumento significativo. No entanto, a queda nos preços dos apartamentos e na construção de moradias continua a ser um desafio, afetando negativamente o mercado imobiliário e o investimento no setor chinês.
Altas taxas de juros
As autoridades chinesas atribuem parte da fraqueza do mercado a taxas de juros mais altas no exterior, que tornaram mais atraente a transferência de dinheiro da China para outros países.
Apesar dos desafios, a China continua a enfrentar uma demanda global por seus produtos industriais, embora a cautela dos consumidores chineses em relação aos gastos esteja afetando negativamente empresas locais, como restaurantes e padarias.
Com informações do PT Org
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