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O interesse em manter a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) como empresa pública externado pelo governador Belivaldo Chagas em reunião realizada com o deputado federal João Daniel (PT/SE) e diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Deso, Cohidro e sistemas próprios (Sindisan) foi registrado em discurso feito pelo parlamentar na sessão da Câmara dos Deputados desta terça-feira, dia 16. Durante a reunião, ocorrida na noite da última sexta-feira, dia 12, o governador foi bem claro em seu projeto para a Deso.

 

“Seu projeto é termos uma empresa forte, estatal que resolva os problemas da população sergipana e melhore a cada dia os serviços prestados aos sergipanos”, acrescentou João Daniel. Ele parabenizou a postura do sindicato, em nome de todos os trabalhadores e trabalhadoras da empresa, pela luta que têm travado para evitar a privatização da Companhia.

Nesta segunda-feira, o deputado federal João Daniel também participou de audiência pública realizada em conjunto pelas Comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU), de Legislação Participativa (CLP), Direitos Humanos e Minorias (CDHM), e pela Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), para debater a medida provisória 868/2018, que trata sobre a privatização das empresas de água e saneamento do país. “Esta MP do governo Bolsonaro e Temer quer o fim da água e saneamento públicos para os brasileiros. Mas nós continuamos na luta, na defesa da água e saneamento como sendo direitos da população e não como mercadoria”, afirmou o parlamentar.

 

Entre os pontos da MP 868/18, ela traz mudanças na prestação de serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais em todo País. Durante a audiência, o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Pedro Blois, ressaltou que a privatização vai aumentar o valor da tarifa e não vai universalizar o acesso.

Outro ponto levantado foi a concentração na mão de poucas empresas do serviço de saneamento no país. De acordo com a secretária de Juventude da Federação Nacional dos Urbanitários, Renata Vallim, pesquisa feita pelo Instituto Mais Democracia, em 2017, apontou que 58% das empresas privadas que prestam serviço de saneamento no Brasil são ligadas a instituições financeiras internacionais. Ela disse ainda que o saneamento privado brasileiro está nas mãos de apenas cinco empresas. “Não podemos aceitar que água e saneamento sejam tratados como mercadoria. Por isso que continuamos firmes nessa luta, contra a privatização nesse setor que é fundamental para a saúde dos brasileiros”, afirmou João Daniel.

Por Edjane Oliveira, da Assessoria de Imprensa