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A tendência de crise e evolução à esquerda do cenário político no governo Jair Bolsonaro, eleito através de uma fraude eleitoral, está deixando de ser uma tendência e começando a se tornar realidade.

Este governo possui crises internas e existem fortes evidências de que a burguesia nacional não consegue controlar Bolsonaro e seus filhos. A crise intensificada nos últimos dias com os novos fatos e denúncias do caso Marielle que ligam, no mínimo politicamente, Jair Bolsonaro e sua família aos milicianos. É justamente nesse cenário que a população começa a se organizar para enfrentar esse governo que aplica uma política de aumento da repressão e extermínio da classe trabalhadora. A insatisfação do povo ficou evidente em manifestações populares como o carnaval e o Dia da Mulher Trabalhadora (8 de março), ela começa a adquirir um caráter mais organizado com as greves que começam a se espalhar por todas as regiões do Brasil.

Um dos setores mais afetados pela política do fascista Bolsonaro é a educação. Entre as propostas nocivas ao setor temos o projeto Escola sem Partido, chamado por nós pelo seu verdadeiro nome, a Escola com Fascismo, a militarização das escolas, a privatização das universidades públicas e os ataques violentos da PM aos estudantes e aos professores em greve.

Segue a lista das redes municipais de ensino que já estão paralisadas:

– União da Vitória, PR, Sindicato do Magistério da Rede Municipal de União da Vitória, em greve desde o dia 12/03/2019.

– Feira de Santana, BA, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), em greve desde o dia 11/03/2019.

– Formoso do Araguaia, TO, em greve desde o dia 26/02/2019.

– Caucaia, CE, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep), em greve desde o dia 14/03/2019.

– Mossoró, RN, Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), em greve desde o dia 08/03/2019.

– Marcelino Vieira, RN, em greve desde 28/02/2019.

Redes estaduais de ensino:

– Minas Gerais, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a greve está marcada para o dia 22/03/2019 e irá se unir aos atos em defesa da previdência.

– Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), BA, em greve desde o dia 13/03/2019.

– Universidade Estadual de Goiás (UEG), GO, em greve desde o dia 12/03/2019.

– Universidade Estadual do Piauí (Uespi), PI, Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), a greve está marcada para o dia 18/03/2019.

Essas são greves que estão em andamento ou que já tem data marcada para começar. Vale lembrar que no dia 22/03/2019 haverá a greve geral em defesa da previdência, que terá a participação de diversos partidos e centrais sindicais.

Há também outras regiões que estão em intenso debate para aderir à greve:

– Universidade do Estado da Bahia (Uneb), BA, haverá uma assembleia no dia 21/03/2019 para decidir se a universidade entrará em greve.

– Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), BA, haverá uma assembleia no dia 21/03/2019 para decidir se a universidade entrará em greve.

– Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), BA, haverá uma assembleia no dia 21/03/2019 para decidir se a universidade entrará em greve.

– Parauapebas, PA, Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas (Sinseppar), os servidores decidirão até dia 19/03/2019 se entraram em estado de greve, eles já têm pretensão de participar do ato em defesa da previdência no dia 22/03/2019.

– Amazonas, Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom), de acordo com o sindicato algumas reivindicações já foram atendidas, outras serão discutidas em assembleia no dia 22/03/2019.

– São Paulo, SP, a greve foi encerrada depois de muita repressão e ameaça do prefeito de Bruno Covas (PSDB) aos servidores, que tiveram suas reivindicações parcialmente atendidas.

– Brejo dos Santos, PB, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brejo dos Santos (SISPMUBS), a greve foi encerrada porque o poder judiciário da Paraíba, por meio do desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque (que já foi governador da Paraíba) decretou a greve como irregular e exigiu que o sindicato suspendesse a mesma com a penalidade de R$20.000,00 por dia de descumprimento da ordem. Os servidores exigiam do prefeito Lauri Ferreira (PSDB) o pagamento do 13° salário de 2018, a reivindicação não foi atendida.

A crescente crise do imperialismo gera mobilizações nos países centrais e periféricos, existem mobilizações de professores ocorrendo em países como Argentina, Colômbia, Argélia, Costa do Marfim, Quênia, Mali, África do Sul, México, EUA, Escócia, Polônia, Irã, Índia, etc.

No Brasil desde o governo de Michel Temer a nova onda neoliberal de extrema-direita gera uma grande onda de reivindicações como resultado do esfolamento do trabalhador e da degradação das condições de trabalho, trazendo a tona pautas como aumento do salário, recebimento de salários atrasados, melhores condições de trabalho, denúncias da péssima estrutura das escolas e falta de merenda para os alunos, problemas presentes em todas as regiões do Brasil.

Essa é a demonstração que o povo trabalhador está disposto e enfrentar esse governo que pretende vender todo o país e matar a população de fome.

A classe trabalhadora precisa ir se organizar e ir as ruas exigir o Fora Bolsonaro e todos os golpistas! E Liberdade para Lula!

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