A DH/Capital (Divisão de Homicídios) da Polícia Civil investiga a participação de um segundo veículo no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes, na noite da última quarta-feira (14) no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro.
O automóvel, que teria dado cobertura aos atiradores, esteve parado por cerca de duas horas em frente à Casa das Pretas, na Lapa, onde a parlamentar participava de um evento organizado pelo partido. Menos de uma hora após deixar o debate, Marielle e Anderson foram mortos a tiros dentro do carro.
Segundo a DH/Capital, a placa do veículo já foi identificada, mas não foi divulgada para não atrapalhar as investigações. Segundo informações iniciais da Polícia Civil, o segundo veículo investigado seria de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Nesta quinta-feira (16), a polícia realizou a perícia no local do crime e no veículo da vereadora. Os policiais encontraram nove projéteis no local. Os disparos teriam sido efetuados contra a parte traseira do carona, onde Marielle estava, e acabaram atingido também o motorista Anderson Gomes.
A perícia constatou que uma arma 9 mm foi utilizada no crime, calibre de uso exclusivo da Polícia Militar e das Forças Armadas.
Os policiais também analisaram imagens de câmeras de segurança da rua onde Marielle foi morta, do local onde o evento foi realizado e do trajeto realizado entre os dois pontos. A DH tenta identificar se automóvel da vereadora foi seguido
A assessora da parlamentar, que também estava no carro, conseguiu escapar sem ferimentos e prestou depoimento ontem. Por segurança, ela não teve o nome divulgado, assim como, o conteúdo das cinco horas de depoimento.
A principal linha de investigação adotada pela DH é de execução. Para a polícia, os suspeitos sabiam exatamente a posição da vereadora dentro do veículo, portanto, foi um crime planejado e pensado anteriormente.
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