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Estamos em meio de uma pandemia cujo o vírus tem um alto grau de letalidade, principalmente sem os cuidados e as medidas necessárias para reduzir seus efeitos deletérios. Para reduzir a possibilidade de letalidade precisávamos de uma ação firme, competente e decidida do governo federal.

Não há, o que vimos foi negacionismo, incompetência e desrespeito com a vida de milhões de pessoas. Na verdade um escárnio, um descaso, uma picaretagem. Estados e municípios seguraram a onda, sem os recursos e as estruturas devidas,muitas delas só possível a um governo federal.

Só temos, 2,5% da população vacinada, e mesmo assim mérito mais uma vez de boa parte dos governos estaduais.

Eu falei somente 2,5% da população, um absurdo. E uma parte da população,não tão pequena assim, inclusive parte da classe média cult bacaninha, se preocupando é com ter ou não Carnaval.

Aglomerações “clandestinas” ou não nos lugares chiques e do povão. Não é a preocupação com quem tá perdendo emprego, renda, negativo, é preocupação com ter ou não a folia.

Nada contra, gosto, mas estamos em uma condição única, excepcional. E óbvio, uma parte dessa galera sabe que só tem renda básica universal decente, a solução para as consequências da pandemia, e até ajuda para pequenos e médios empresários com a taxação das grandes fortunas.

Se não lutam nem pela vacina, vão lutar por isso.
Eu falei somente 2,5% da população vacinada, por pura irresponsabilidade do desgoverno central. Nada de falta de tempo, etc. Pura irresponsabilidade.

Pergunto, qual a revoltada das massas, do povo, que parte da esquerda gosta de tratar de forma fantasiosa com dois discursos fantasiosos com uma tragédia da proporção da qual estampa vivendo? Nenhuma.

Os discursos fantasiosos são os seguintes: o primeiro que o “povo” é revolucionário por natureza ( imagina 150 milhões de pessoas controladas por 5%), não se revolta e bom abaixo, aí vem a segunda besteira grande, não se revolta por conta da direção, das direções que não deixam a “revolta” fluir. Pegaram uma expressão de Trotsky para uma determina situação e querem aplicar em todas as outras.

Não existe classe, setor social, povo, grupos sociais, revolucionários por natureza. Existem posições no modo de produção, que torna uma parte do povo, uma grande parte, o proletariado, se adquirir consciência para tal, capaz de quebrar a engrenagem do sistema capitalista na produção, distribuição etc, e por em marcha um novo modelo. Se consciente, se consciente.

Sem esse papo que 0,05% de direções controlam milhões de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil e bilhões no mundo.

Portanto, 2,5% da população de um país com uma população apesar dos pesares, escolarizada, sim não é a educação libertária, verdade. Mas aí paciência, assim é chagar o povo de ” burro e manipulado” demais.

Não há, não há justificativa, e não é revolta de ir pra rua, pode até ser numa exceção, falo revolta de sentimento social, nas redes, padarias, postos de gasolina, etc, por milhares de pessoas morrendo, outras tantas ainda irão morrer ( tem o desrespeito também com as normas sanitárias e má educação, não venham alisar, que tem sim, de gente que toda hora desrespeita a sua própria vida e a vida das pessoas.

Viram as festas na tv hoje? Das praias privatizadas em todo país aos mortos do Rio de Janeiro), mas evidente, a irresponsabilidade, o descaso, o desrespeito e culpa maior por essa tragédia é do desgoverno fascista neoliberal encabeçado por Bolsonaro.

Mas revolta mesmo do “povo” ou de pelo menos de uma parte importante do mesmo. Nada, nada, nada

São mais de 239.000 mortos, só para não esquecermos. Um genocídio. Pois boa parte delas poderiam e podem ser evitadas. Mas revolta pela vacina que é bom, nada.

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