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Ao justificar a contratação de empresa para construir novo centro de apoio, SSP-DF disse que carreiras de segurança têm estresse e fadiga

Um mês antes da tragédia envolvendo o homicídio seguido de suicídio de policiais militares, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) já apontava o adoecimento dos servidores quando, em um edital de licitação, enfatizou que “as carreiras de segurança pública apresentam alta incidência de estresse, fadiga e a saturação do trabalho dos profissionais em função das atribuições exigidas em cada cargo”.

A descrição consta no edital para contratação de empresa que fará a reforma e adequação de prédio para a criação do Centro de Apoio BioPsicossocial (CAB), do dia 13 de dezembro de 2023.

A unidade deverá “atender os profissionais de segurança em local adequado e com equipe qualificada, com vistas à promoção da valorização profissional, da saúde e da qualidade de vida, bem como ao atendimento de servidores com a experiência de sofrimento mental, com fadiga, transtornos psíquicos e stress.”

Segundo a pasta, o DF tem aproximadamente 19,8 mil profissionais de segurança pública, dos quais 9,9 mil são policiais militares, 5,7 mil são bombeiros e 4,2 mil são policiais civis. A SSP-DF também possui 600 servidores.

A empresa Engemil foi a vencedora da licitação para fazer a construção, recuperação e ampliação do prédio que abrigará o CAB, nas proximidades da sede da SSP-DF, no Setor de Diversões Norte (SDN), perto do Palácio do Buriti.

O investimento estimado para a execução da obra é de R$ 2,6 milhões. Os recursos são provenientes do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a SSP-DF, “com a melhoria da qualidade de vida do servidor, por meio do incentivo à atividade física, à convivência e socialização e de atenção à saúde mental, eventuais afastamentos laborais por transtornos psicossociais serão mitigados, dando à população do Distrito Federal a segurança de contar com os profissionais saudáveis, motivados e valorizados”.

Dados da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontam que na corporação, por exemplo, 400 profissionais apresentam atestado médico para afastamento das atividades por doenças mentais todos os anos. O número representa 7% do efetivo.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), o adoecimento está intrinsecamente ligado à desvalorização da categoria, “que enfrentou perdas salariais em relação à inflação ao longo dos últimos anos”. “Além disso, o baixo efetivo da PCDF ainda persiste”, enfatizou.

Tragédia

O segundo-sargento Paulo Pereira de Souza atirou contra o soldado Yago Monteiro Fidelis dentro da viatura onde estavam e tirou a própria vida em seguida, na manhã desse domingo (14/1), no Recanto das Emas (DF).

O terceiro policial que estava na viatura, segundo-sargento Diogo Carneiro dos Santos, saiu correndo do carro porque achou que se tratava de um “ataque externo”.

Policiais ouvidos pela coluna Na Mira, do Metrópoles, apontam que o autor dos disparos tinha “problemas psicológicos”.”

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