O ex-prefeito da cidade de São Paulo, e atual governador do estado, João Dória se prepara para fazer um governo ainda mais reacionário do que seus antecessores. Dória, que já durante seu mandato na prefeitura se mostrou um verdadeiro inimigo da população paulistana, agora mostra que será ainda mais perverso em seus ataques como governador.

Um dos pontos mais absurdos de seu programa de governo é sua proposta de criação de uma “patrulha rural”, que aumentaria a repressão nas zonas rurais do estado, esmagando ainda mais os direitos daqueles que lutam pela terra. Dória, assim como todo fascista, pretende endurecer cada vez mais a repressão do Estado Burgues contra o povo e contra as organizações populares para servir aos interesses dos patrões e dos grandes latifundiários.

Assim como o próprio Bolsonaro, eleito presidente através da fraude eleitoral, João Dória também tem como principal objetivo derrotar as organizações dos trabalhadores através da força, criminalizando os movimentos e colocando na prisão suas lideranças. A criação de uma “patrulha rural” seria na verdade um reforço da repressão no campo, seria mais uma forma de utilizar o dinheiro público para favorecer os interesses dos donos de terras que atuam com extrema violência contra os membros de movimentos que reivindicam a reforma agrária no país.

A verdade por detrás da demagogia dessa política é que a direita pretende levar adiante um verdadeiro banho de sangue no campo, colocando as polícias e forças de repressão do estado como auxiliares dos jagunços a serviço dos donos de terras. O endurecimento das leis, associado a expansão dos aparatos de repressão, fará com que a tal “patrulha rural” sirva como um verdadeiro esquadrão da morte, eliminando os inimigos políticos do governo e dos latifundiários. Políticas como esta foram muito comuns na América Latina durante os períodos das ditaduras militares, e provocaram um extermínio brutal de camponeses e a criminalização de inúmeros movimentos populares.

Nesse momento, é de extrema importancia que os movimentos de trabalhadores do campo se fortaleçam e se preparem para enfrentar e derrotar o governo de extrema direita colocado no estado de São Paulo e no país de forma geral. A política tanto de Dória quanto de Bolsonaro para a esquerda e para os movimentos populares será de ataque total e com máxima violencia e por isso é necessário que os trabalhadores organizem desde já a sua auto-defesa para se protegerem dos ataques fascistas do governo.

Para isso os movimentos devem criar comitês de auto-defesa e preparar a militância para colocar a extrema direita para correr onde quer que ela apareça. A extrema direita está na ofensiva e os trabalhadores devem responder a isso com a sua organização e seu preparo, pois só assim derrotaremos o avanço do fascismo no Brasil

Diario da Causa Operária