youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais


Prazo para consultas se encerra nesta sexta-feira (15). Ferramenta irá aprimorar resposta do governo às demandas e necessidades da população

A PNC pretende garantir o direito ao cuidado a todas as pessoas e avançar rumo a uma organização social do cuidado mais justa

A consulta pública sobre a Política Nacional de Cuidados, que objetiva ouvir a sociedade na construção do marco conceitual, será encerrada nesta sexta-feira (15). As demandas da população irão auxiliar na elaboração do documento que irá nortear ações no setor por meio de formulário eletrônico. 

A iniciativa é capitaneada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Por meio dessas propostas e sugestões, pretende-se construir uma Política e um Plano Nacional participativos e conectados com os anseios da população. A consulta é uma das iniciativas que integra a Estratégia de Participação Social na Política Nacional de Cuidados.

Conforme explica o MDS, a consulta é composta de duas partes. A primeira etapa está disponível na plataforma Participa Mais Brasil e diz respeito ao Marco Conceitual da Política Nacional de Cuidados (PNC), que inclui conceitos básicos que embasam a proposta e a definição do seu escopo, dos sujeitos de direitos e públicos beneficiários, bem como de seus princípios e diretrizes.

E a segunda parte da consulta consiste em um formulário eletrônico que tem o objetivo de captar opiniões sobre o que se entende por cuidados e quais são as principais demandas relacionadas ao tema, assim como as propostas e sugestões para a Política Nacional de Cuidados.

Laís Abramo, secretária nacional da Política de Cuidados e Família (SNCF) do MDS, explica a importância da participação social na construção da PNC: “O tamanho do desafio coletivo que temos que enfrentar para garantir o direito ao cuidado a todas as pessoas e avançar rumo a uma organização social do cuidado mais justa e equitativa exige um esforço coletivo e coordenado entre o Estado e a sociedade”, observou.

“Esperamos, através desta consulta pública, fortalecer o diálogo com diversos segmentos da sociedade para que a Política Nacional de Cuidados responda efetivamente às demandas e necessidades da população brasileira em toda a sua diversidade”, afirmou Abramo.

Em maio, em entrevista ao jornal do PT, Abramo revelou que o objetivo que a criação da Secretaria Nacional de Cuidados e Família parte da necessidade que haja uma política pública integrada de cuidados no Brasil: “A gente entende que o cuidado é um bem público porque são as pessoas que necessitam do cuidado. O cuidado é algo cotidiano. O grande problema na nossa sociedade é que esse trabalho de produzir alimentação e condições de higiene da casa, historicamente, foi visto como uma atribuição das mulheres. É necessário entender isso como um trabalho pesado, são muitas horas de trabalho invisível feito no interior das famílias, principalmente pelas mulheres.”

Importância da Política Nacional de Cuidados – PNC

O desenvolvimento de uma política que seja o alicerce nessa nova lógica de tratamento do cuidado busca reduzir e redistribuir a sobrecarga do cuidado sobre as mulheres, corresponsabilizando não apenas os homens, no âmbito das famílias, mas também o Estado, por meio de políticas públicas, além das empresas/mercado e sociedade como um todo. Seu objetivo fundamental é garantir o direito ao cuidado a todas as pessoas que o necessitem e o trabalho decente para as trabalhadoras e os trabalhadores do cuidado, considerando as desigualdades estruturais que caracterizam a sociedade brasileira em termos de gênero, classe, raça, etnia, território e ciclo de vida. 

Algumas iniciativas que podem ser compreendidas como exemplos de políticas de cuidado: licenças maternidade, paternidade e parentais; creches e educação infantil; centros de atenção diurna e de longa estadia para pessoas idosas e pessoas com deficiência; cuidados domiciliares e tele-assistência para pessoas idosas e com deficiência; programas de formação, certificação de competências, “respiro” e acompanhamento psicológico de cuidadoras e cuidadores; direitos trabalhistas e previdenciários para as trabalhadoras e trabalhadores do cuidado, incluindo as trabalhadoras domésticas.

Seminário Nacional sobre o tema

Em dezembro, o Ministério das Mulheres realizou o “Seminário Nacional Política Nacional de Cuidados: caminhos para a garantia da autonomia econômica das mulheres”. Durante dois dias, o evento ouviu especialistas, sociedade civil e representantes do governo acerca do trabalho de cuidado. 

Na ocasião, Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, destacou a necessidade de haver ousadia para mudar a organização social dos cuidados na proposição de novos olhares quando se fala de políticas públicas que tratam do tema. 

Para a ministra, é necessário expandir a discussão sobre o cuidado, sendo urgente debater a divisão sexual do trabalho e, com isso, inserir os homens. “Como é que vamos mudar a cabeça dos homens, para que eles venham para a vida privada e possam dividir o trabalho doméstico? Esse é o debate que tem que ser feito. E, se nós o fizermos agora, com o presidente Lula nos fortalecendo, nós não vamos fazer nunca mais”, defendeu Cida.

“É o momento da conjuntura que podemos colocar esse debate na rua, fazer esse debate com a responsabilidade com que as mulheres desse País merecem e precisam, porque se nós não o puxarmos ninguém mais vai fazer”, afirmou.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do MDS 

Com informações do PT Org

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.