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Crescimento é impulsionado por recursos do Fundo Clima e projetos de transição energética e de descarbonização

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 3,9 bilhões em crédito para projetos de biocombustíveis de janeiro a outubro deste ano, conforme dados obtidos pela Folha de S. Paulo. O montante representa o segundo maior patamar de aprovações desde o início da série histórica em 2005, superado apenas pelo ano de 2010, no segundo governo do presidente Lula (PT), quando foram registrados R$ 4,5 bilhões em aprovações.

A forte alta em 2024, que supera o valor de R$ 1,3 bilhão no mesmo período de 2023, está diretamente ligada ao aumento dos recursos do Fundo Clima, um mecanismo de financiamento voltado à mitigação dos impactos das mudanças climáticas. “Isso mostra a volta do BNDES ao apoio de uma agenda verde e importante, que é a dos biocombustíveis”, afirmou José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do banco.

Em abril deste ano, o BNDES assinou um contrato com a União que garantiu o aporte recorde de R$ 10,4 bilhões para o Fundo Clima, o maior desde a sua criação, em 2009. Parte desses recursos está sendo utilizada para apoiar iniciativas de biocombustíveis, setor estratégico para a descarbonização da economia brasileira.

Entre os projetos financiados, destaca-se a usina de etanol de milho da cooperativa Coamo, em Campo Mourão, no Paraná. O BNDES anunciou a aprovação de R$ 500 milhões para a construção da planta, que terá capacidade de processar 1.700 toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol. “Além de agregar valor ao milho, a produção de etanol ajuda a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa”, destacou Aloizio Mercadante, presidente do banco.

O governo Lula tem reforçado o papel do BNDES no financiamento de projetos voltados à economia verde e competitiva, estratégia que enfrenta críticas de alguns economistas preocupados com o retorno de políticas vistas em gestões petistas anteriores. A gestão atual, no entanto, afirma que o foco está em setores como a transição energética e inovação, além de apoiar pequenas e médias empresas.

Nesta linha, segundo a reportagem, o governo incluiu em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição)  um mecanismo que possibilita destinar até 25% do superávit financeiro de fundos públicos para projetos climáticos, o que asseguraria mais recursos para o Fundo Clima e ao financiamento de projetos ligados a ações de enfrentamento, mitigação e adaptação a mudanças climáticas e de transformação ecológica.

Com informações do Brasil 247

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