Advogadas sugeriram que a família Bolsonaro estava sendo perseguida pela Receita Federal e pediram a Ramagem que a Abin investigasse os sistemas da Receita
Uma gravação revela que Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, sabia antecipadamente que poderia receber um pedido ilegal e gravou a reunião em questão para se proteger. No encontro, estavam presentes Jair Bolsonaro, duas advogadas de Flávio Bolsonaro e o general Heleno, então chefe do GSI. As advogadas sugeriram que a família Bolsonaro estava sendo perseguida pela Receita Federal e pediram a Ramagem que a Abin investigasse os sistemas da Receita e do Serpro, o que ele recusou, alertando sobre as implicações políticas e legais.
Durante a reunião, as advogadas expuseram a teoria de que havia uma conspiração na Receita Federal contra a família Bolsonaro e solicitaram uma devassa nos sistemas governamentais. Ramagem, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que isso exporia o general Heleno e que não haveria suporte político suficiente, nem mesmo do então ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele sugeriu que as advogadas buscassem apoio diretamente no Supremo Tribunal Federal (STF), onde acreditava haver maior chance de sucesso. “A via do GSI não é a correta”, disse.
A gravação mostra Bolsonaro admitindo a necessidade de conversar com o chefe da Receita de forma privada para investigar auditores. A cautela de Bolsonaro sobre possíveis gravações se mostrou justificada, já que Ramagem estava registrando a reunião.
Com informações do Brasil 247
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