O ministro, que estava com a família, foi xingado de “bandido, comunista e comprado”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes (STF), foi atacado por um grupo de três bolsonaristas, nesta sexta-feira (14), no aeroporto internacional de Roma.
Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, uma mulher identificada como Andreia, chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”.
Moraes estava com a sua família no aeroporto da capital italiana. Ele voltava de uma palestra que ministrou na Universidade de Siena, onde participou da 9ª Edição do “Summer School: Democracia e Desenvolvimento”.
Além dos ataques verbais, um homem, identificado pela PF como Roberto Mantovani Filho, teria agredido fisicamente o filho do magistrado.
Moraes e os agressores retornaram ao Brasil em voos diferentes.
A Polícia Federal já identificou os agressores, que desembarcaram na manhã deste sábado no aeroporto internacional de Guarulhos. Eles responderão em liberdade por crimes contra honra e ameaça.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, teria conversado com Moraes após os ataques e oferecido o apoio da Polícia Federal para a investigação das agressões. Mesmo que os atos de violência tenham ocorrido no exterior, os criminosos podem ser responsabilizados no Brasil.
Os ataques reiterados dos bolsonaristas ao ministro Alexandre de Moraes visam descredibilizar e deslegitimar uma das principais instituições do país, o STF, o que gera uma perda de confiança nas instituições democráticas e no Estado de Direito, prejudicando a estabilidade política e social.
Moraes desempenhou um papel importante no combate ao autoritarismo do governo Bolsonaro e proferiu decisões importantes para garantir a preservação da democracia, como no caso das investigações envolvendo fake news e atos antidemocráticos. A sua atuação à frente desses temas é uma das principais razões pelos ataques de bolsonaristas.
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