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Um dia antes da publicação da pesquisa CNT/MDA desta 2ª-feira, o Blog da Cidadania publicou matéria sob o título “E se Lula subir nas pesquisas?”. Bem, Lula subiu na pesquisa CNT de maio em comparação com a de março. Com isso, contrariou as previsões da mídia e do partido da “justiça” de que começaria a se desidratar e, assim, criou um problemão para os golpistas.

Conforme o Blog da Cidadania vinha dizendo, a expectativa dos analistas políticos mais bem informados era a de que Lula subiria ou manteria seu capital eleitoral nas pesquisas de intenção de voto de maio.

Nesta segunda-feira, 13 de maio, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) publicou a 136ª pesquisa de intenções de voto/índice de popularidade de políticos feita bimestralmente pelo instituto MDA.

A pesquisa traz informações arrasadoras para os golpistas e incrivelmente boas para o ex-presidente Lula. Nos diversos cenários em que ele aparece, ou se fortaleceu ou permaneceu com as mesmas intenções de voto de antes de ser preso.

A pesquisa em tela revela profundo descrédito do Poder Judiciário, pois um contingente gigantesco de brasileiros não votará em ninguém se o ex-presidente não estiver na disputa, 90% dos brasileiros acham que a Justiça não é igual para todos e, cereja do bolo, em alguns cenários, Lula sobe.

Em março deste ano, na 135ª pesquisa CNT, as intenções espontâneas de voto de Lula eram as mesmas de agora, na 136ª pesquisa, feita após ser preso – lembrando que “intenção espontânea de voto” é aquela em que o entrevistado pelo instituto de pesquisa cita em quem vai votar sem ver uma relação de candidatos.

Já na pesquisa estimulada (quando o entrevistado recebe uma relação de nomes) em 1º turno, no cenário em que Lula aparece, ele tem uma pequena variação para baixo, mas dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, indo de 33,4% em março para 32,4% agora – diferença de 1 ponto percentual.

Na pesquisa estimulada sobre o segundo turno, porém, Lula sobe – dentro da margem de erro, mas sobe. E em todos os cenários. Contra Alckmin, subiu de 44,5% em março para 44,9% agora; contra Bolsonaro, sobe de 44,1% em março para 45,7% agora; contra Marina, sobe de 43,8% em março para 44,4% agora.

Mas não é só. Com Lula na disputa, votos nulos somam 25% e, sem ele, esse número quase dobra, vai a 45%, ou 64,8 milhões de pessoas!!

Mas quem sofre mais na pesquisa é a “justiça” brasileira.

A avaliação sobre a atuação da Justiça no Brasil é negativa para 55,7% (ruim ou péssima) dos entrevistados.

52,8,% consideram o Poder Judiciário pouco confiável; 36,5% nada confiável; e 6,4% muito confiável. Ou seja: 89,3% dos brasileiros não confiam na Justiça.

E para 90,3%, a Justiça brasileira não age de forma igual para todos.

Esses resultados mostram que a ausência de Lula na eleição pode colocar o país em uma crise institucional de consequências imprevisíveis, como disse o Blog da Cidadania 2 dias antes dessa pesquisa.

Segundo o instituto Datafolha, um grande contingente de votos brancos ou nulos que resultará da ausência de Lula na eleição pode fazer com que o próximo presidente assuma com SETENTA POR CENTO do eleitorado contra si.

Um trecho de análise do diretor do instituto de pesquisas, Mauro Paulino, esclarece porque a eleição de 2018 pode produzir mais crise a partir de 2019. Uma crise muito maior.

“(…) A crise democrática fica ainda mais evidente nas simulações de segundo turno. Em duas dentre três hipóteses testadas sem Lula, brancos e nulos disputam a liderança com os dois candidatos finalistas, dentro da margem de erro da pesquisa. Nesses cenários, se a eleição fosse agora, o Brasil poderia eleger um presidente rejeitado por quase 70% da população. Improvável? Dilma foi reeleita com a maioria dos votos válidos, mas não do total de votos, no segundo turno de 2014. Collor em 1989 também. Ambos não chegaram ao fim de seus mandatos (…)”

O partido da “justiça” já quebrou o setor da construção pesada só para prender meia dúzia de corruptos, já quebrou os maiores frigoríficos brasileiros e, agora, pode colocar o Brasil em uma crise colossal que fará a economia continuar patinando nos próximos anos.