Sidônio Palmeira assume a missão de melhorar avaliação do presidente Lula e combater as notícias falsas
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, tomou posse nesta terça-feira com forte discurso de combate à desinformação e promessa de levar à população os feitos do governo. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, parlamentares e seu antecessor no cargo, Paulo Pimenta, cujo destino ainda é incerto.
A troca de comando atinge uma das áreas mais sensíveis da gestão federal, sob críticas à comunicação no ambiente digital e ao pouco impacto dos resultados positivos da economia na aprovação de Lula — atribuído à má divulgação. Em seu discurso de posse, Sidônio reconheceu o problema.
“Esse trabalho (do governo) não está sendo percebido por parte da população do Brasil. A informação dos serviços não chega à ponta. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes”, comentou o publicitário, que fez carreira comandando campanhas eleitorais.
“Não basta apenas chamar um ‘marqueteiro’, como vocês dizem. Precisamos ampliar nossa concepção do papel da comunicação nesse novo mundo. Nosso trabalho é compreendê-lo em sua complexidade e convocar a todos para esse desafio”, acrescentou. Um de seus desafios será tentar unificar a comunicação das outras 37 pastas da Esplanada.
Sidônio criticou as mudanças na política de conteúdo da Meta, que acabou com o serviço de checagem de informações e com regras de moderação que proibiam conteúdos de ódio contra mulheres e pessoas LGBTQIA , por exemplo. A Secom é um dos órgãos do governo envolvidos na discussão sobre como o Executivo deve responder à companhia, já que muitas das mudanças divulgadas violam leis brasileiras.
“Medidas anunciadas recentemente pela Meta são ruins, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional e criam um faroeste digital. Buscaremos incentivar os processos regulatórios”, enfatizou. “Defendemos a liberdade de expressão. Lamentamos que o extremismo esteja distorcendo esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação.”
Em coletiva de imprensa após a posse, Sidônio frisou que o combate às fake news será uma prioridade de sua gestão e que o governo vai tentar se adiantar à desinformação — citando a crise causada por notícias falsas sobre taxação do Pix.
O ministro teve acesso à resposta da Meta à Advocacia-Geral da União (AGU) e disse que, no Brasil, a empresa vai adotar as mudanças de forma gradual. Ele também contou que a Secom participará de um encontro, amanhã, com a AGU e com checadores profissionais para discutir os impactos da decisão da big tech.
O titular da pasta deixou claro, porém, que é contra os anúncios da Meta e que o governo vai atuar para que as plataformas respeitem a legislação, não somente sobre o fim da checagem, mas também pelas alterações que facilitam discursos de ódio.
“Isso preocupa, e preocupa muito. A gente não vai aceitar. Ali entre o discurso da xenofobia, do racismo, de agressão contra as mulheres e comparar com objetos de cozinha ou coisas desse tipo. Vai deixar isso? Isso nos preocupa e vamos tomar posicionamento, com a AGU, para ver o que a gente encaminha já para o Supremo”, ressaltou.
Em relação à gestão, ele contou que fará “imediatamente” uma nova licitação para contratar empresas para a comunicação digital do governo, já que a concorrência anterior, de R$ 200 milhões, ficou desatualizada após suspensão pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidades — que não se confirmaram.
De saída
O chefe anterior da Secom, Paulo Pimenta, também discursou ao deixar o cargo, e destacou seu histórico de atuação no PT e sua fidelidade ao presidente Lula. Também defendeu sua gestão, afirmando que a Secom não existia na gestão passada, de Jair Bolsonaro (PL), e que a pasta teve que ser reconstruída.
“Eu sou, o senhor sabe disso, presidente, presidenta Gleisi (Hoffmann, do PT), aquilo que comumente as pessoas chamariam de ‘petista raiz'”, destacou. Ele lembrou que está em seu sexto mandato como deputado federal (atualmente licenciado) pelo Rio Grande do Sul e que liderou a bancada do partido mais de uma vez.
O ex-ministro diz ainda não saber se ocupará outra pasta ou retornará à Câmara. Entre as possibilidades que circulam no Planalto, está a de ele assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo, ou de voltar para a Câmara e ser líder do governo.
“Sobre para onde vou, só quem pode responder é o presidente. Eu também vou aguardar o momento que ele (Lula) me chamar para que possa me designar para uma tarefa, uma função. O momento que ele me chamar para isso vai ser quando ele já tiver amadurecido o que ele quer que eu faça”, declarou.
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