Jornal GGN – O protagonismo de Jair Bolsonaro está ofuscado pela presença de Sergio Moro no Fórum Econômico Mundial de Davos, afirma o Estadão desta terça (15). Segundo o jornal, o ex-juiz da Lava Jato tem agenda mais recheada que a do presidente de extrema-direita. Enquanto isso, o chanceler Ernesto Araujo, criticado em nível internacional por suas teses controversas a respeito do aquecimento global, ainda não tem participação confirmada, embora esteja na comitiva que parte do Brasil dia 21 de janeiro rumo à Suíça.
“(…) é para Moro que as atenções estarão direcionadas. Fontes do alto escalão de Davos indicaram ao Estado que querem saber do ministro quais seus planos para combater a corrupção no País.”
No dia 22 de janeiro, Moro será um dos principais integrantes de um debate sobre “restaurar confiança e integridade”. No dia 24, será o principal nome de uma mesa sobre “crime globalizado”.
“Ao presidente Bolsonaro, Davos reservou um palco exclusivo para que o brasileiro faça sua alocução, provavelmente na terça-feira. Mas, por incertezas no programa diante da ausência de Donald Trump e outros líderes, o evento com Bolsonaro ainda não aparece na agenda oficial de Davos. Os organizadores, porém, insistem que o presidente brasileiro terá seu espaço”, anotou o Estadão.
Apesar disso, Bolsonaro foi excluído de um debate sobre a América Latina. Apenas estão confirmados os presidentes da Costa Rica, Paraguai, Colômbia, Equador e Peru.
Ele participará, contudo, de um jantar organizado pelo Fórum fora do centro de conferências.
“Ali, vai debater o ‘futuro da América Latina’ em termos de revolução tecnológica com o CEO da Microsoft, com o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada, Ivan Duque, da Colômbia, Lenin Moreno, do Equador, e o peruano Martin Alberto Vizcarra.”
O jornal não informou qual a agenda de Paulo Guedes, que está confirmado. Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também viajará com a comitiva.