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Braga Netto, que ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foi preso neste sábado

247 – A Polícia Federal (PF) concluiu o relatório final sobre a trama golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), detalhando um plano escrito à mão batizado de “Operação 142”. O documento foi encontrado em fevereiro deste ano na sede do Partido Liberal (PL), sob posse do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 pelo PL. A informação é da Folha de S.Paulo.

Braga Netto, que ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foi preso neste sábado (14) pela PF. A ordem partiu do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o envolvimento do general na tentativa de golpe. Até o momento, sua defesa não se manifestou sobre a prisão.

O plano, revelado pelo documento apreendido, tinha como objetivo explícito impedir a posse de Lula, conforme registrado na frase: “Lula não sobe a rampa”. Entre as estratégias listadas, estavam ações como a anulação das eleições e o uso de tropas militares para dar sustentação ao movimento.

Prisões e ações judiciais

Além da prisão de Braga Netto, a PF realizou, no mesmo dia, dois mandados de busca e apreensão e aplicou uma medida cautelar diversa da prisão contra outros indivíduos que estariam tentando interferir na produção de provas durante a instrução processual. Segundo comunicado oficial, as medidas judiciais visam “evitar a reiteração das ações ilícitas”.

O coronel Flávio Botelho Peregrino, em cuja posse o documento foi encontrado, é considerado peça-chave na trama. Como assessor de Braga Netto, sua proximidade com o general reforça as suspeitas de que o plano tinha respaldo entre figuras de destaque do governo anterior.

Repercussão e implicações

O envolvimento de Braga Netto, que foi um dos nomes mais influentes do governo Bolsonaro, intensifica as investigações sobre a amplitude do plano golpista e seus responsáveis. A PF continua trabalhando para identificar outros envolvidos e as reais condições em que o plano foi elaborado e arquivado no PL.

A revelação do documento “Operação 142” representa mais um capítulo em um cenário político conturbado. Enquanto isso, os desdobramentos judiciais e as prisões reforçam o compromisso das autoridades em investigar possíveis ameaças ao regime democrático brasileiro.

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